• Educação

    Saturday, 04-May-2024 17:29:23 -03

    USP diz que investiga aluno em dois casos; suspeito alega inocência

    ANDRÉ CABETTE FÁBIO
    DE SÃO PAULO

    16/03/2015 02h00

    A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo diz que o inquérito do caso de estupro supostamente ocorrido no local conhecido como Casa do Estudante de Medicina foi concluído em 2012 e "houve a constatação de estupro". O documento foi enviado ao Ministério Público. O processo está em sigilo.

    A Faculdade de Medicina da USP diz que uma sindicância e um processo disciplinar foram abertos para apurar duas denúncias de estupro envolvendo o estudante –feitas pela aluna de enfermagem e por uma estudante de medicina.

    Segundo a faculdade, o nome da sindicância sobre o caso não tinha o termo "estupro" para preservar "o sigilo e a privacidade dos envolvidos", mas a denúncia foi abordada. Diz que "não pôde, à época, atestar a ocorrência do estupro".

    A Escola de Enfermagem diz que a não formalização de queixa de bullying contra a aluna inviabilizou ações mais "contundentes" e que o primeiro pedido de trancamento foi indeferido pelo bom desempenho da aluna.

    ALUNO ALEGA INOCÊNCIA

    O aluno apontado pela estudante como autor do estupro se diz inocente. "As acusações não têm arcabouço para se sustentar", afirmou, em mensagem à reportagem.

    Seu advogado, Daniel Alberto Casagrande, diz que comissões internas da universidade não concluíram nada contra o aluno. "Temos convicção de que essa [nova comissão de apuração] vai ter o mesmo fim que as outras."

    A Faculdade de Medicina esclarece que, das duas denúncias de estupro contra o aluno, apenas o caso de 2012 foi apurado anteriormente. A indicação de um estupro em 2011, de uma aluna da medicina, seria nova.

    Segundo o advogado, "já foram instauradas apurações que foram arquivadas pela faculdade. Isso é tudo requentado pela CPI [da Assembleia Legislativa que investigou denúncias de estupros]", disse.

    Para o advogado, não há nenhuma evidência nova.

    "[O aluno] está sofrendo uma perseguição, servindo de bode expiatório. É um menino que tem uma origem super humilde. Parece que pegaram para Cristo", afirmou.

    A Faculdade de Medicina afirma que as duas denúncias de estupro estão sendo apuradas internamente e que não se pode afirmar se houve ou não alguma infração.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024