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    Governo diz que 12% dos alunos ainda não conseguiram renovar o Fies

    DE SÃO PAULO

    20/03/2015 19h03

    O Ministério da Educação informou nesta sexta-feira (20) que 12% dos estudantes que já tinham Fies ainda não conseguiram renovar os contratos de financiamento estudantil.

    Desde o início do ano, estudantes reclamam que o sistema on-line é instável e que passavam dias sem conseguir finalizar o processo.

    O ministério disse nesta sexta que melhorou a estrutura, que sofria com sobrecarga de acessos, e as renovações (aditamentos) estão mais rápidas.

    Assim, não tiveram o processo de renovação iniciado apenas 228 mil dos 1,9 milhão de contratos.

    O processo vai até 30 de abril. Segundo o ministro interino da Educação, Luiz Cláudio Costa, a pasta garante o aditamento para todos os alunos interessados.

    Uma das explicações para a sobrecarga é que o sistema abriu neste ano quase dois meses depois do período tradicional.

    A pasta disse que o site ficou fechado para que houvesse readequação às novas regras implementadas desde dezembro, que restringem novos contratos.

    Segundo o ministério, pode haver, por exemplo, menos financiamento estudantil em cursos com notas intermediárias (antes, praticamente todos esses pedidos eram aceitos).

    O balanço do governo desta sexta aponta que o sistema recebeu 196 mil solicitações para novos financiamentos neste ano. Não foi informado o número referente ao ano passado.

    As faculdades afirmam que foram avisadas informalmente que haverá apenas 30% de novos contratos oferecidos em 2014.

    O ministro disse também que vai criar uma câmara técnica, que analisará os aumentos das mensalidades aos alunos que usam o Fies.

    O governo passou a determinar em 2015 um teto para reajuste, de até 6,41% em relação ao ano passado. A câmara, diz Costa, analisará pedidos de faculdades para aumentos acima desse patamar.

    "Mas terá de apresentar dados concretos. Contratou muitos professores doutores? Pode ser uma justificativa", disse o ministro. "Mas não vamos deixar qualquer aumento. Até porque é um financiamento, o aluno terá de pagar esses valores depois. Temos de protegê-los."

    A pasta reconhece que, além de ajustes operacionais no programa, também foi levado em conta os cortes orçamentários do governo neste ano.

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