A PUC-SP decidiu fechar no fim deste ano seu campus em Barueri (Grande SP), depois de a prefeitura local pedir de volta a área que era cedida à universidade.

Segundo o município, os cursos atuais não atendem aos interesses da sua população –uma das condições do acordo, feito em 2006.

A unidade era vista na universidade como uma das formas de aumentar a receita e atenuar a crise financeira. Naquele ano, dívida bancária fez com que a PUC-SP cortasse 30% dos professores.

Pelo acordo, previsto para durar 20 anos, a universidade poderia usar a área para seus cursos, desde que atendesse contrapartidas como vagas gratuitas a docentes e alunos das escolas públicas.

A procura pelo campus, porém, não foi a esperada pela instituição. Ele tinha capacidade para atender mais de 1.500 alunos, mas contava com 500 no ano passado.

Apesar de a situação financeira atual ser menos grave do que a de 2006, a escola ainda segue medidas de contenção, principalmente para pagar dívidas bancárias. Cursos deficitários, por exemplo, são fechados –não era o caso dos oferecidos em Barueri.

Segundo a universidade "alguns cursos [previstos no acordo] não foram abertos por falta de demanda e outros requeriam mais estudo para serem implantados (o que estava ocorrendo), quando se deu a mudança da administração municipal, e a nova gestão, até então na oposição, mostrou interesse em romper o contrato".

Alunos dos cursos de fisioterapia e psicologia já foram transferidos para o campus principal, em Perdizes (zona oeste de São Paulo), a cerca de 25 km de distância.

Administração e ciências econômicas (ênfase em comércio internacional) ainda estão na unidade. Alunos do primeiro mudarão para o campus de Perdizes. Os do segundo estão com situação indefinida, pois não há essa opção em outra unidade.

"As informações não são claras. E ter de ir para Perdizes é complicado, longe daqui", disse uma estudante que se forma ano que vem.

A Prefeitura de Barueri disse que outra faculdade deve se instalar no local.