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    Modelo de financiamento estudantil também é debatido fora do Brasil

    BRUNO FÁVERO
    DE SÃO PAULO

    17/05/2015 02h00

    Como o Brasil, que teve seu programa oficial cortado, vários países debatem o crédito estudantil e formas de não comprometer as finanças do aluno no futuro.

    O mundo tende para o modelo australiano, em que o pagamento é uma porcentagem deduzida da renda de quem pegou o dinheiro emprestado, diz o economista e colunista da Folha Samuel Pessôa: "Quem ganha mais paga por quem ganha menos", defende.

    Bruce Johnstone, que estuda o tema na Universidade de Buffalo, no Estado de Nova York, acha esse formato difícil de ser aplicado. No lugar, sugere um plano híbrido, que usa o tradicional calendário fixo de pagamentos para a maioria, mas permite a alunos de renda muito baixa optar pelo esquema proporcional.

    Em 2014, os EUA adotaram modelo similar para tentar reduzir seus débitos estudantis de mais de US$ 1 trilhão –quase metade do PIB brasileiro. O próprio presidente Obama disse à época só ter quitado a dívida da faculdade em 2004, um ano antes virar senador.

    Segundo a americana Marion Lloyd, pesquisadora do ensino superior na Universidade Nacional Autônoma do México, é importante que o debate sobre financiamento seja usado também para melhorar o ensino. Os EUA, ilustra ela, criaram comissões para avaliar a qualidade das universidades, pressionar as que visam o lucro e fechar as que não se adequam.

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