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    Em greve, alunos da Unifesp invadem diretoria do campus de Guarulhos

    DE SÃO PAULO

    29/05/2015 19h30

    Um grupo de cerca de 25 alunos da Unifesp invadiu nesta quinta-feira (29) a diretoria acadêmica do campus de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Os estudantes também decidiram retomar a greve encerrada na semana passada.

    Em nota, os alunos afirmam que "as respostas da reitoria são insuficientes e as pautas não foram atendidas efetivamente" e, por isso, decidiram retomar a paralisação que já durou 58 dias. Eles também reclamam da falta de diálogo da faculdade sobre o calendário de reposição das aulas.

    A paralisação dos estudantes teve início em março, principalmente, por conta do corte da chamada "Ponte Orca", ônibus que faziam o transporte gratuito de alunos da estações Carrão e Armênia até o campus, no centro de Guarulhos. O transporte ocorria por meio de um convênio com a EMTU.

    A Unifesp cortou o transporte no início do ano, alegando que os alunos seriam beneficiados pelo passe livre estudantil. Mas os estudantes argumentam que não estão conseguindo o benefício e que cerca 30% dos alunos da Unifesp não se encaixam no critério de renda exigido pelo governo para conceder o benefício –esses só conseguem meia-entrada.

    A reivindicação não foi atendida, mas os estudantes aceitaram a proposta de aumento do número de ônibus expressos (sem paradas) para o centro de Guarulhos. Em assembleia realizada nesta terça (26), no entanto, os alunos concluíram que até o momento não foram implantadas as linhas adicionais.

    "Há uma única menção em relação ao simples reforço das linhas existentes, ou seja, apenas saídas a mais. Novas linhas não foram criadas, assim como não foram comprados 25 novos ônibus. Isso significa que os trabalhadores (motoristas e cobradores) já em um trabalho precarizado serão ainda mais explorados", afirmam os estudantes.

    Segundo a Unifesp, os estudantes ainda não apresentaram a nova pauta de reivindicação, "mas a direção se coloca à disposição para dialogar e negociar com representantes do movimento estudantil". A universidade também afirmou que haverá reposição integral das aulas perdidas durante o período da greve.

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