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    Após 89 dias, professores de SP decidem suspender a greve mais longa

    DE SÃO PAULO

    12/06/2015 16h10

    Os professores da rede estadual de São Paulo decidiram nesta sexta-feira (12) suspender a maior greve da categoria da história. Os docentes ficaram 89 dias parados e acabaram encerrando a paralisação sem acordo de reajuste com o governo.

    A categoria agora deve retomar as atividades na segunda-feira (15). Um programa de reposição de aulas ainda deverá ser definido.

    A decisão pelo fim da greve foi tomada em assembleia realizada na avenida Paulista, região central de São Paulo. Segundo estimativa da Polícia Militar, cerca de 1.000 pessoas participaram da assembleia. O sindicato da categoria estima em torno de 8.000 docentes durante a assembleia.

    Após discursos de professores e a votação, a presidente da Apeoesp (sindicato da categoria), Maria Izabel Noronha, confirmou: "a greve lamentavelmente foi suspensa".

    A decisão sobre a manutenção da greve já tinha sido apertada na semana passada. Foram necessárias duas votações na ocasião, pois não ficou claro o lado vencedor.

    Os grevistas pediam reajuste de 75,33%, percentual suficiente para equiparar o salário dos professores ao dos demais profissionais com ensino superior no Estado, nos cálculos do sindicato. O governo, porém, não apresentou proposta de aumento. Diz que divulgará um plano até julho, quando o último reajuste completar um ano.

    Um dos fatores que contribuíram para o esfriamento da greve foi o corte do salário dos docentes pelos dias não trabalhados. Após várias decisões judiciais favoráveis aos dois lados, prevalece a posição do Estado, de fazer o desconto nos salários.

    A Apeoesp contabiliza 92 dias de greve, já que a contagem da instituição começou a partir do dia da aprovação do protesto, três dias antes do início efetivo da greve. Segundo a entidade, a reposição das aulas perdidas terá como base a sua lógica de contagem.

    A greve mais longa dos professores estaduais tinha ocorrido em 1989, com 80 dias parados. Os professores, na ocasião, voltaram ao trabalho após conseguirem reajuste, mas que ficou 53% abaixo do pedido.

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