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    Veja a evolução dos cursos a distância, da correspondência ao computador

    GALENO LIMA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    30/07/2015 02h00

    O desenvolvimento da EaD (Educação a Distância) no Brasil e no mundo correu na esteira das inovações tecnológicas ao longo do tempo: primeiro, cursos por correspondência, depois por rádio, TV e, por último, internet.

    Os precursores da modalidade foram os cursos de taquigrafia na Europa e nos EUA, ainda nos séculos 18 e 19.

    Em 1858, a Universidade de Londres passa a oferecer cursos superiores a distância. Décadas depois, a instituição diplomou a distância um de seus estudantes mais famosos, o líder sul-africano Nelson Mandela, que cursou direito enquanto estava prisão.

    No Brasil, segundo o especialista em EaD João Roberto Alves, as edições do "Jornal do Brasil", no fim do século 19, já traziam anúncios de cursos de datilografia por correspondência.

    As primeiras rádios no país também já tinham um viés educativo e passaram a transmitir em cadeia nacional cursos a distância, como a Rádio Sociedade, do Rio de Janeiro.

    No final dos anos 1930 e início dos 1940, surgem no país as primeiras empresas brasileiras de EaD, como o Instituto Monitor e o Instituto Universal Brasileiro. Ambas existem até hoje e atendem alunos em todo o país.

    Na década de 60, antes do golpe militar, surgiu no nordeste o MEB (Movimento de Educação de Base), da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) com foco na redução da desigualdade.

    Com a chegada da TV, o grande sucesso foi o programa de educação básica Telecurso, que contava com um elenco de famosos da TV Globo, como a atriz Bruna Lombardi. O programa teve várias versões, a última dela em 2008. Atualmente as aulas são exibidas apenas na TV Cultura, mas estão disponíveis na Internet.

    Um marco importante para a consolidação da EaD no país ocorreu com a Lei de Diretrizes e Bases, de 1996, que estabeleceu regras para a modalidade.

    Na mesma década, o ensino a distância ganha outro patamar ao cair na internet. Na rede virtual, surgem novos cursos e ferramentas mais dinâmicas e interativas.

    Em 2005, por iniciativa do governo federal, é criada a UAB (Universidade Aberta do Brasil). Concebida nos parâmetros da educação a distância, a escola tem como meta acabar com o deficit de professores formados no país.

    Quase uma década depois, um novo marco: a educação a distância supera a marca de 1 milhão de universitários na graduação.

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