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    Projeto Elas nas Exatas visa combater desigualdade de gênero nas escolas

    CLÁUDIO GOLDBERG RABIN
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    03/09/2015 15h23

    Homens são de exatas, mulheres são de humanas. A frase parece um título de livro de auto-ajuda para casais, mas reflete a realidade brasileira: o sexo masculino predomina nas engenharias e o feminino, nas pedagogias.

    Para entender o fenômeno e verificar o que pode ser feito nas escolas para corrigir a distorção, o Instituto Unibanco e o Fundo de Investimento Social Elas, em parceria com a Fundação Carlos Chagas, lançaram nesta quinta-feira (3) o projeto Elas nas Exatas, durante o fórum Caminhos para a Qualidade da Educação Pública: Gestão Escolar, promovido pelo Instituto Unibanco e correalizado pela Folha.

    Trata-se de um edital cujo foco é selecionar projetos de gestão escolar que visam reduzir o impacto das desigualdades de gênero na hora de escolher a profissão. Dez propostas serão selecionadas e cada uma receberá R$ 30 mil para ser desenvolvida.

    "As meninas terminam o ensino fundamental muito acima dos meninos em matemática, mas ao longo do ensino médio a distância das notas vai se reduzindo", diz Ricardo Henriques, superintendente-executivo do Instituto Unibanco.

    Na faculdade, cursos dentro da engenharia são predominantemente masculinos. A consequência, no longo prazo, é que, como esses são cursos mais bem remunerados pelo mercado, acentua-se a desigualdade de renda entre homens e mulheres.

    "Não vamos resolver o problema histórico da sociedade brasileira. Queremos descobrir o que uma gestão orientada para os resultados pode fazer nesse caso específico", afirma Henriques.

    Para concorrer, as iniciativas podem usar diversas estratégias: de ações de boas práticas escolares, como a redução dos estereótipos de gênero, a ações de comunicação em rede sociais. As propostas devem ser enviadas ao Fundo Elas até o dia 3 de outubro.

    "Nossa expectativa é gerar padrões. Das dez [propostas], veremos quais soluções em gestão podem ser sistematizadas e disseminadas em escala", completa o executivo.

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