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    Destino de escolas 'fechadas' por Alckmin em São Paulo ainda é incerto

    FÁBIO TAKAHASHI
    DE SÃO PAULO

    30/10/2015 02h00

    O destino de 22 das 25 escolas estaduais da cidade de São Paulo que serão "fechadas" pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) no ano que vem continua incerto.

    Esses colégios fazem parte da lista de 94 no Estado que deixarão de oferecer ensino fundamental ou médio, obrigando a migração de seus estudantes para outros, conforme a reorganização da rede proposta pela gestão tucana.

    O objetivo da mudança é dividir as escolas estaduais por ciclos de ensino –atenuando a mistura de alunos do ensino médio e dos anos iniciais e finais do fundamental na mesma unidade.

    Ao divulgar a relação de colégios que serão desativados da rede estadual, a Secretaria da Educação disse que 22 das 25 escolas atingidas na capital serão repassadas ao Centro Paula Souza (autarquia do Estado voltada ao ensino técnico) ou à prefeitura.

    O problema é que tanto a prefeitura como a autarquia estadual dizem que ainda não definiram quais dessas unidades vão incorporar nem qual é a proposta para elas.

    Infográfico: Raio-X das escolas 'fechadas'

    O secretário estadual de Educação, Herman Voorwald, tem afirmado que todas as escolas "fechadas" seguirão com a área da educação.

    Na capital, além das 22 com futuro incerto, 3 serão transformadas em unidades de apoio da pasta. O governo diz que há hoje 13 mil alunos nesses 25 colégios -que têm capacidade para 31,6 mil.

    A gestão Haddad (PT) diz que se reunirá com representantes do Estado para "dar continuidade às discussões", mas não há data definida.

    O Paula Souza afirma que "trabalha em sintonia com a secretaria no planejamento para transformar eventuais escolas disponibilizadas em unidades" da sua rede.

    A pasta da Educação estadual disse que já negocia com as duas instituições.

    Infográfico: Rede estadual - Alunos

    Infográfico: Rede estadual - Escolas

    A reorganização fará com que 311 mil alunos sejam transferidos. Para a gestão Alckmin, deixar os colégios com só um ciclo de ensino facilita a gestão das unidades.

    Outro objetivo é desativar escolas com poucos alunos, após a rede perder mais de 2 milhões desde 1998 (de 6 milhões para 3,8 milhões).

    Desde que a ideia foi anunciada, no mês passado, há protestos quase diários –alunos, pais e professores reclamam que podem ficar longe de sua escola original.

    Nesta quinta, a Apeoesp (sindicato docente) fez novo ato contra a medida na av. Paulista. Alckmin disse ser "normal" haver protestos. "Às vezes, somos conservadores. Sempre quando vai mudar uma coisa há reação. Qual o objetivo [da reorganização]? É melhorar a escola pública."

    Colaborou VENCESLAU BORLINA FILHO

    Infográfico: Mudanças na educação

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