A Polícia Militar entrou em confronto com um grupo de estudantes na avenida Nove de Julho, na região central de São Paulo, na noite desta terça-feira (1º). A confusão começou quando a PM agiu por volta das 21h para retirar um grupo que bloqueava a via desde as 16h.

Os manifestantes protestavam contra o fechamento de 92 escolas estaduais e plano de reorganização anunciado pela gestão do governador Geraldo Alckmin (PSDB) para 2016.

Pouco antes das 21h, um grupo de estudantes foi chamado pelo comando da PM para negociar a saída da via de forma pacífica. O coronel que comandava a operação pediu que os alunos deixassem o local, com o argumento de que eles bloqueavam a via há cinco horas e já tinham chamado bastante a atenção para as reivindicações exigidas.

Em assembleia, os estudantes decidiram que não havia negociação e que a via permaneceria bloqueada por tempo indeterminado.

Minutos depois, a Polícia Militar usou bombas contra os estudantes para dispersá-los. Alguns revidaram com pedras, mas a maior parte fugiu e se dispersou ao chegar na praça da República, ainda no centro. Procurada, a PM não comentou a ação desta terça.

OUTRO CASO

Policiais e manifestantes entraram em conflito também nesta terça dentro da Escola Estadual Maria José, no bairro da Bela Vista, região central de São Paulo, após pais e professores tentarem desocupar o colégio.

Em um vídeo que circula pelas redes sociais, é possível ver um dos momentos da confusão. A PM chegou a usar gás de pimenta na ação.

No início das imagens, um policial empurra um dos manifestantes. Segundos depois ele é contido por outros policiais. Mesmo com a confusão, os estudantes decidiram permanecer na ocupação. A reportagem esteve na escola na manhã desta terça e registrou algumas cenas da confusão em fotos.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública informou que "um baderneiro, que não era estudante, agrediu o diretor da escola com uma cadeirada e por isso foi necessária a ação da equipe policial."

A Polícia Militar disse ter usado gás de pimenta "para afastá-lo e conter o tumulto formado por estudantes que ocupam a escola". A Secretaria do Estado da Educação foi questionada, mas não comentou o caso.

Mudanças na educação