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    Professores da rede municipal de São Paulo devem iniciar greve na quarta

    PAULO SALDAÑA
    DE SÃO PAULO

    08/03/2016 19h47

    Os professores da rede municipal de São Paulo prometem entrar em greve nesta quarta (9). Os docentes realizam manifestação e assembleia em frente à sede da prefeitura, no centro, às 14h.

    A categoria, liderada pelo principal sindicato dos professores da rede, o Sinpeem, reivindica antecipação de reajustes já previstos para serem pagos entre maio de 2016 e maio de 2018. Juntos, eles representam alta de 20,26%.

    Marlene Bergamo/Folhapress
    Professores municipais ligados ao Sinpeem em manifestação no Masp, em 2014
    Professores municipais ligados ao Sinpeem em manifestação no Masp, em 2014

    Na última sexta (4), docentes aprovaram em assembleia do Sinpeem o início do movimento grevista. Há uma reunião agendada para essa quarta com membros da Prefeitura. A gestão Fernando Haddad (PT) deve apresentar uma proposta.

    A data-base do funcionalismo é em maio. Segundo o presidente do Sinpeem, Claudio Fonseca, há urgência porque o calendário eleitoral veta reajustes acima da inflação após 4 de abril.

    "Precisamos da definição de quanto será o piso salarial de 2016", diz ele, que ainda defende a antecipação dos porcentuais previstos até 2018. "Não dá para esperar até lá com essa inflação batendo em 11%. A partir da reunião com a prefeitura, se houver uma proposta, vamos saber se a greve continua ou se será uma paralisação de um dia", completa.

    A prefeitura informou que aposta no diálogo e que tem se esforçado para que haja valorização da categoria. A avaliação interna da equipe do secretário de Educação Gabriel Chalita e da cúpula da gestão é de que não há clima de greve entre os servidores.

    ANTECIPAÇÃO

    A última paralisação na rede ocorreu no primeiro semestre de 2014, ainda na gestão de Cesar Callegari como secretário de Educação. Após 41 dias de greve, o governo concedeu reajuste de 15,38%, dividido em três parcelas.

    A primeira, de 5,54%, foi paga naquele ano e as outras duas ficaram para este ano: 3,74% a ser pago em maio e 5,39%, em novembro. No ano passado, um novo reajuste de 10% teve a incorporação ao salário divida. A primeira parte, de 5%, está prevista para maio de 2017 e o restante, de 4,76%, para maio de 2018.

    É a antecipação desses porcentuais, planejados até 2018, que o Sinpeem exige. Os outros três sindicatos da categoria não decretaram greve.

    Atualmente, o piso dos professores da rede municipal é de R$ 3.300 para jornadas de 40 horas. Na rede estadual de São Paulo é de R$ 2.416. Já o piso nacional docente chegou este ano a R$ 2.135,64.

    Além das reivindicações relativas à remuneração, integram a pauta do movimento melhoria nas condições de trabalho. Estão na lista pedidos de redução do número de alunos por sala de aula e plano de segurança nas escolas.

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