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    Ministro admite que não pode prever se meta do Pronatec será atingida

    GUSTAVO URIBE
    DE BRASÍLIA

    09/03/2016 13h10

    Renato Costa/Folhapress
    A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em evento do Pronatec
    A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em evento do Pronatec

    O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quarta-feira (9) que não tem como prever que o governo federal cumprirá meta de criação de 12 milhões de vagas no Pronatec até o final de 2018.

    Segundo ele, diante do cenário de crise econômica, não é possível afirmar hoje se será realizado o compromisso, que foi anunciado pela presidente Dilma Rousseff no ano passado.

    Em junho, em cerimônia de lançamento da segunda etapa do programa federal, a petista afirmou que a criação de 12 milhões de vagas era um número "viável".

    "Eu não posso dizer o que vai acontecer até 2018 no cenário em que estamos. Mas posso garantir que em 2016 teremos 2 milhões", disse. "Nós vamos aguardar o que vai acontecer na economia, mas acredito que ela vai se recuperar e a receita vai melhorar e poderemos acelerar a iniciativa", acrescentou.

    A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira (9) a oferta neste ano de 2 milhões de vagas no programa federal, iniciativa que foi antecipada pela Folha na semana passada. O ministro afirmou que elas serão disponibilizadas a partir de maio.

    O montante corresponde a 40% dos 5 milhões de vagas previstas para o período entre 2016 e 2019 –cifra bem inferior aos 12 milhões até 2018.

    A iniciativa, vitrine eleitoral do segundo mandato da petista, teve neste ano um orçamento 65% menor do que o referente a 2015.

    É o segundo ano consecutivo, desde que o governo federal adotou o lema "Pátria Educadora",que o programa petista teve o orçamento reduzido.

    AJUSTE

    Em discurso, a presidente fez uma defesa do ajuste fiscal e dos cortes realizados na área da educação. Segundo ela, o governo federal não faz cortes para acabar com programas fundamentais, mas para "preservar o que precisamos preservar".

    "Reafirmo que, mesmo em momento de crise e dificuldade que passamos, é importante entender por que fazemos ajustes", disse. "Ajustar para preservar é o caminho que estamos trilhando. O pais precisa de investimento para ultrapassar o momento e voltar a crescer com maior qualidade e capacidade."

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