Com um mês de atraso, as aulas no campus Guarulhos da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) vão começar na próxima quarta-feira (27).

Os 3.200 estudantes da instituição ainda não tiveram aulas neste ano por causa do atraso em uma obra. Calouros e veteranos criticavam a universidade por "falta de transparência" e tinham receio de perder o semestre por conta da falta de aulas.

A unidade Guarulhos da Unifesp fica no bairro dos Pimentas, na periferia da cidade. Foi inaugurada em 2007 por Fernando Haddad, então ministro da Educação e hoje prefeito de São Paulo. Nasceu sem o seu prédio principal, e a falta de espaço fez com que alunos tivessem aulas em uma escola infantil ao lado.

Após uma série de entraves na licitação, o prédio principal só começou a ser erguido em 2013. Por causa das obras, toda a unidade precisou se mudar para um colégio de ensino médio particular no centro de Guarulhos —o aluguel custava R$ 250 mil por mês.

A previsão da Unifesp era de que a obra fosse finalizada em julho de 2015, e que, em março deste ano, as aulas retornassem ao bairro dos Pimentas. Não deu certo: faltavam detalhes na instalação elétrica, laudo dos bombeiros e aprovação da prefeitura. O início das aulas foi então adiado.

Nesta semana, os bombeiros fizeram uma vistoria no novo prédio e aprovaram a reabertura do campus.

Em comunicado aos alunos divulgado na tarde desta quarta (20), a Unifesp informou que as aulas serão retomadas na próxima quarta (27). Nos dias 25 e 26, haverá um programa de recepção aos calouros.

"O novo prédio conta com uma infraestrutura de altíssimo nível, compatível com a excelência acadêmica da Unifesp, sustentada pelo notável trabalho de seus alunos, técnicos-administrativos em educação, docentes e gestão", diz o comunicado da universidade.

FOCO EM HUMANAS

A Universidade Federal de São Paulo, nascida da tradicional Escola Paulista de Medicina, foi expandida para outras cinco cidades de São Paulo, como Diadema e Osasco.

O campus Guarulhos é focado em cursos de graduação e pós na área de humanas, como letras, ciências sociais e história.