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    Alunos que ocupam Centro Paula Souza fazem assembleia nesta terça

    SANDRA CAPOMACCIO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    03/05/2016 09h20

    Adriano Vizoni/Folhapress
    Policiais militares deixam o Centro Paula Souza, ocupado por estudantes, na noite de segunda (2)
    Policiais militares deixam o Centro Paula Souza, ocupado por estudantes, na noite de segunda (2)

    Os estudantes que ocupam o Centro Paula Souza, autarquia do governo do Estado, realizam assembleia na manhã desta terça-feira (3) para definir os rumos da ocupação.

    A Folha esteve no local durante a madrugada desta terça. O clima era de tranquilidade e grande parte dos alunos dormia no térreo do prédio enrolados em cobertores e vestidos com gorros e luvas.

    Segundo um dos representante dos alunos, identificado apenas como Ricardo, apesar da assembleia para estabelecer os próximos passos da ocupação, o grupo "vai resistir". "Sem merenda nas Etecs não tem acordo", afirmou.

    Os alunos ocupam o prédio do Centro Paula Souza desde quinta-feira (28). Eles reivindicam o fornecimento de merenda nas Etecs (escolas técnicas). Nem todas as unidades têm merenda.

    A Justiça decidiu no domingo (1º) pela reintegração de posse do prédio, mas pelo trâmite legal a PM deveria aguardar que um mandado seja entregue aos ocupantes.

    A PM entrou no prédio na manhã desta segunda-feira (2), segundo a corporação, para garantir a liberdade de trabalho dos funcionários do centro. A ação da polícia, entretanto, ocorreu sem que o mandado fosse expedido –após ordem do secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes. Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo, a ação foi ilegal.

    De acordo com o juiz Luis Manuel Pires, a entrada da Força Tática ocorreu sem mandado judicial. No local, funciona a coordenação das escolas técnicas de São Paulo.

    O juiz deu 72 horas para a Secretaria da Segurança Pública da gestão Geraldo Alckmin (PSDB) explicar de quem foi a ordem para essa ação. Segundo a Folha apurou, a ordem partiu do secretário Alexandre de Moraes, presente no local. Ele foi convidado a assumir um cargo em um eventual governo Michel Temer –é cotado para o Ministério da Justiça ou AGU (Advocacia-Geral da União).

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