O movimento de ocupação das escolas no Rio completou 43 dias nesta terça (3) com pelo menos 67 unidades tomadas pelos estudantes, segundo a Secretaria estadual de Educação. Os alunos falam em 76 colégios ocupados, incluindo escolas técnicas, subordinadas à Secretaria de Ciência e Tecnologia.

Os estudantes pedem melhores condições nas escolas e mudanças no modelo de ensino. Em crise fiscal, o governo do Rio tem dificuldade em manter a estrutura das escolas. Há relatos de redução da merenda e problemas na coleta de lixo e na limpeza.

A pauta inclui a reforma dos colégios, a volta de inspetores e porteiros –cargos que foram extintos–, fim do currículo mínimo, diversificação do ensino e eleição direta para diretores. Parte das reivindicações coincide com a dos professores estaduais do Rio, em greve desde 3 de março.

A Secretaria de Educação interrompeu o envio de merenda e suspendeu o subsídio à passagem no transporte público. Estudantes têm se mantido com doações. O movimento cadastra interessados em "doar aulas" nas escolas.

A pasta antecipou para maio o recesso das escolas ocupadas, previsto para ocorrer em agosto, mês da Olimpíada. As escolas ocupadas devem funcionar em agosto ou janeiro, dependendo da unidade.

Grupos contrários se mobilizam nas redes sociais para pressionar pelo fim dos protestos. Desde o início do movimento, cinco escolas foram desocupadas.