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    Com escolas ocupadas, Wagner Victer assume secretaria da Educação do RJ

    DE SÃO PAULO

    17/05/2016 13h16

    O governador em exercício do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles (PP), oficializou Wagner Granja Victer como novo secretário do Estado da Educação após Antônio Neto pedir exoneração do cargo.

    O novo secretário era presidente da Fundação de Apoio à Escola Técnica do Estado do Rio de Janeiro (Faetec). Formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), ele trabalhou como engenheiro e em cargos gerenciais em empresas como Grupo Gerdau, Light e Petrobras. ‎

    A exoneração de Antônio Neto foi publicada no "Diário Oficial" do Estado nesta terça-feira (17). A saída de Neto acontece logo após a desocupação do colégio estadual Prefeito Mendes de Moraes, na Ilha do Governador, zona norte do Rio. A escola foi a primeira a ser ocupada no dia 21 de março por estudantes com o objetivo de apoiar a greve dos docentes e pedir melhorias na qualidade do ensino.

    Além da Mendes de Moraes, os alunos já desocuparam mais seis unidades: duas em São João de Meriti (Ciep 175 - José Lins do Rego e Ciep 179 - Cláudio Gama), uma em Barra Mansa (C.E. Barão de Aiuruoca), uma em São Fidélis (C.E. Barão de Macaúbas), uma em Petrópolis (C.E. Dom Pedro II) e outra em Niterói (C.E. Leopoldo Fróes). De acordo com a secretaria, há ainda 69 unidades ocupadas.

    Antônio Neto pediu exoneração do cargo nesta segunda (16) pouco antes da audiência pública com a Comissão de Educação na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio) sobre as ocupações de escolas no Estado. O governador Luiz Fernando Pezão permanece internado no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, em tratamento com emprego de antibiótico venoso. Ainda não há previsão de alta.

    Tânia Rêgo/Agência Brasil
    Caio Castro discute com alunos e professores e se retira de reunião
    Caio Castro discute com alunos e professores e se retira de reunião

    Além de Antônio Neto, o chefe de gabinete da Secretaria de Estado de Educação (Seeduc), Caio Castro Lima, também pediu exoneração do cargo após bater-boca com uma professora durante desocupação dos alunos da escola Prefeito Mendes de Moraes. A professora acusou Lima de incitar ataques ao colégio e chamou o chefe de gabinete de fascista.

    "Eu não sou obrigado a tolerar desrespeito. Tudo estava indo bem, mas não vou aceitar nunca ser chamado de fascista. Uma coisa é o fato de eu representar uma organização e eles a hostilizarem. Bem diferente é me atacarem pessoalmente. Tenho família e entes queridos que gostam de mim. Eu mandei que ela se calasse porque é uma pessoa extremamente desequilibrada, que sequer deveria estar presente nas negociações. A maioria dos alunos é menor de idade, ela não. Ela deveria saber o que fala e com quem fala para não ficar inflamando os estudantes", desabafou.

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