Confronto na USP

Estudantes em greve da USP (Universidade de São Paulo) que tentaram ocupar o prédio da antiga reitoria da universidade e entraram em confronto com a PM decidiram, nesta sexta (17), criar uma mobilização permanente de luta por moradia estudantil na instituição.

Na noite da última quinta-feira (16), estudantes e policiais militares entraram em confronto após a tentativa de invasão do prédio da antiga reitoria da universidade.

Os alunos querem a transformação do antigo prédio da reitoria da universidade em moradia estudantil. O edifício, antes de ser reitoria, era destinado à moradia de alunos. "O prédio é nosso. Foi a reitoria que o tomou e não quer devolver", conta uma estudante de ciências sociais que preferiu não se identificar.

Na tarde desta sexta, ela era uma das cerca de 20 estudantes que desde a última madrugada ocupava um antigo centro de convivência estudantil que nos últimos anos se transformou em um depósito da universidade.

Eles fazem parte do movimento estudantil, incluindo estudantes de baixa renda e do movimento negro, e estão em greve pela implantação de cotas sociais e raciais na universidade e por políticas de apoio a estudantes carentes. O grupo, contudo, não faz parte do comando central da greve.

Perto dali, o prédio desejado pelos estudantes era guardado por um Policial Militar e funcionários da Guarda Universitária. Em uma das portas do prédio, está uma viatura da Guarda Universitária depredada durante o confronto da última noite.

O CONFRONTO

Na noite de quinta (16), cerca de 50 estudantes tentaram invadir o prédio da antiga reitoria da universidade, e a Polícia Militar impediu. Alunos e PMs entraram em conflito, com pedradas e bombas de efeito moral.

O confronto se prolongou até a área do Crusp, conjunto habitacional dos estudantes da universidade.

	Paulo Saldaña/Folhapress
	Manifestantes danificam carro da guarda universitária da USP e quebram vidro da antiga reitoria