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    Paulista é liberada após protesto de professores do Estado e município

    DE SÃO PAULO

    26/08/2016 18h37 - Atualizado às 19h05

    Professores da rede municipal e estadual fizeram manifestações na região central de São Paulo nesta sexta-feira (26). Os protestos foram convocados pelo Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e pelo Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo).

    Os sindicatos estimam que, somados, os atos reuniram 40 mil pessoas. A Polícia Militar não divulgou uma estimativa.

    A manifestação dos professores estaduais ocorreu na praça da República, onde fica a Secretaria Estadual da Educação, com assembleia marcada para as 15h, sem a participação do Sinpeem, que havia organizado uma manifestação própria às 14h, no viaduto do Chá, em frente à prefeitura.

    Às 16h, os manifestantes decidiram unificar o ato e seguir até a avenida Paulista, que teve o trânsito interditado –em dado momento, nos dois sentidos– entre 18h e 19h, quando a Polícia Militar liberou a circulação de veículos.

    Durante o ato, a rua da Consolação, o trecho da avenida Ipiranga na praça da República e o viaduto do Chá também foram bloqueados conforme os manifestantes se deslocavam. Na rua da Consolação, o tráfego foi liberado às 17h57, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).

    A manifestação dos professores municipais, inicialmente, tinha como foco um projeto de lei proposto pela prefeitura, que instituía um plano de aposentadoria privada para servidores públicos municipais, chamado de Sampaprev. O valor da aposentadoria dos funcionários passaria a ter um teto de R$ 4.600.

    O prefeito e candidato à reeleição Fernando Haddad (PT), no entanto, desistiu temporariamente do projeto na última quarta (24) com a justificativa de "permitir maior debate e esclarecimentos" a respeito do plano. O Sinpeem decidiu manter a manifestação contra projetos de lei que restringem gastos com o funcionalismo.

    Durante o ato, a Apeoesp afirmou que discutirá com os servidores estaduais as suas reivindicações –principalmente, reajuste salarial– até o dia 22, quando deve ocorrer uma nova assembleia e também uma paralisação como a desta sexta.

    Já o Sinpeem informou que seguirá "vigilante" quanto à retirada do projeto do Sampaprev. De acordo com o sindicato municipal, como a gestão Haddad deu a entender que a retirada é passageira, os professores municipais entrariam em greve caso proposta semelhante volte à pauta na Câmara de Vereadores.

    "Não queremos a retirada momentânea (do projeto de lei), queremos a retirada definitiva", disse o presidente em exercício do Sinpeem, José Donizete Fernandes. Segundo Fernandes, o recuo de Haddad foi uma tentativa de "desestabilizar o movimento" e de evitar desgaste de imagem em período eleitoral.

    Os dois sindicatos discutem a possibilidade de uma greve unificada com outros setores em setembro.

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