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    Unesco conclui debate sobre importância da alfabetização digital

    PAULO GOMES
    DE SÃO PAULO

    05/11/2016 02h00

    A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) encerra neste sábado (4) a Global MIL Week 2016, congresso para discutir e difundir a importância da alfabetização digital, promovido em parceria com a USP (Universidade de São Paulo).

    O conceito MIL (Media and Information Literacy, traduzido como AMI, alfabetização midiática e informacional) contempla a capacitação de educadores e jovens para o uso crítico de novas tecnologias e produção de conteúdo.

    As atividades com empreendedores sociais e ativistas de jornalismo cidadão de diversos países começaram na quarta-feira (2). É a primeira vez que o evento é sediado na América do Sul.

    Folhapress
    Alfabetização midiática contempla a capacitação de educadores e jovens para o uso crítico de novas tecnologias
    Alfabetização midiática contempla capacitação de educadores e jovens para o uso crítico de tecnologias

    Para o jamaicano Alton Grizzle, co-gestor das ações globais de AMI da Unesco, todo cidadão precisa desenvolver competências para entender o papel da mídia numa sociedade democrática. "Queremos que as pessoas entendam como a mídia e os cidadãos na internet podem prestar um papel de fiscalizar governos e assegurar transparência", disse.

    Secretário-executivo do evento, Gilson Schwartz, professor de economia do audiovisual da USP, promove em parceria com a Unesco uma plataforma de monetização dessas iniciativas.

    A moeda virtual, uma espécie de bitcoin, tem o nome de MIL Clicks. "Existe [na internet] uma capacidade ociosa de inteligência coletiva", diz Schwartz, citando como exemplo a profusão criativa de memes.

    A ideia, segundo o professor, é que a moeda seja utilizada para engajar jovens da periferia em produção de conteúdo, para gerar capacitação e troca de conhecimento.

    "Já não é tão absurdo visualizar as distopias associadas à tecnologia, como 'Black Mirror' [série que aborda o lado sombrio da tecnologia]. Se esse coletivo não se tornar inteligente, num sentido que corresponda a agendas de sustentabilidade e cidadania, vamos nessa direção. A culpa não é da tecnologia, é de como usamos essa tecnologia", diz Schwartz.

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