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    Em grave crise, universidade da Grande SP descarta venda de acervo

    DE SÃO PAULO

    25/11/2016 02h00 - Atualizado às 15h35

    A Unifieo, tradicional centro universitário da Grande São Paulo que enfrenta greve de professores em meio à pior crise financeira de sua história de 50 anos, considera a atual situação contornável e afasta qualquer possibilidade de fechar as portas.

    Embora tenha um acervo com cerca de 1.800 obras de arte, que contam com esculturas, pinturas e outras peças, a universidade, localizada em Osasco, descarta se desfazer deste patrimônio, ao contrário do que afirmou a Folha em reportagem na terça-feira (22).

    Professores grevistas sugerem a venda de parte do acervo para quitar os pagamentos atrasados, o que foi negado formalmente. As peças são resultados de doações e aquisições próprias e contam com trabalhos de artistas contemporâneos e de outras épocas.

    As dívidas acumuladas pela universidade, diz a reitoria, chegam a R$ 20 milhões, e uma contenda judicial tributária bloqueia cerca de R$ 300 milhões de R$ 350 milhões em patrimônio da organização.

    A reitoria, segundo a qual não haverá prejuízo ao semestre acadêmico com a greve, atribui o desgaste financeiro à situação geral de crise econômica do país, seguida de inadimplências, evasão de alunos e recuo de matrículas.

    Outra razão apontada para a crise é o que a reitoria chama de "concorrência desenfreada" com grandes grupos de educação de capital aberto que estão se instalando na área. Para sanar as dívidas, a Unifieo informou que, "além da possibilidade de alienação de alguns ativos", não especificando quais, "existe a expectativa de melhora na geração de receita para 2017".

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