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    vestibular no meio do ano

    Para o vestibular, aluno deve priorizar matérias em que tem mais dificuldade

    JUSSARA SOARES
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    14/05/2017 02h00

    Keiny Andrade/Folhapress
    A estudante Tereza Graciano, 20, em cursinho
    A estudante Tereza Graciano, 20, em cursinho

    A corrida por uma vaga na universidade costuma ser com barreiras. Enquanto matemática e física são os obstáculos para alguns alunos, para outros, história, geografia e português são os entraves. Todas, porém, têm o mesmo peso no vestibular de meio de ano.

    A melhor tática, dizem especialistas, é encarar e começar os estudos sempre pelas disciplinas nas quais o aluno tem mais dificuldade.

    Com a cabeça fresca e o corpo descansado, a assimilação do conteúdo que exige mais esforço tende a ser melhor, de acordo com professores de cursos preparatórios para o vestibular.

    Já as disciplinas nas quais os alunos têm mais facilidade devem ser deixadas para o fim do dia ou da rotina de estudos. "Quando é algo que gostamos, fazemos mesmo quando estamos cansados. Se é algo com que não temos afinidade, a tendência é a de desistir facilmente", afirma a coordenadora pedagógica do Cursinho da Poli, Alessandra Venturi.

    Antes de se debruçar sobre livros e cadernos, o aluno precisa estar disposto a superar os obstáculos com positividade e quebrar velhos paradigmas que definem as pessoas como sendo de humanas ou exatas.

    "Digo aos alunos que eles não são de uma área ou outra, eles são da vida. E a vida é mais do que essa divisão humanas, exatas ou biológicas", afirma Venturi.

    A coordenadora pedagógica do Objetivo, Vera Antunes, diz que a falta de afinidade do aluno com um tema se deve, na maioria das vezes, ao fato de ele não ter aprendido o conteúdo de forma correta.

    AGENDA

    A estudante Nayra Thomé, 18, faz o Cursinho da Poli pelo terceiro ano consecutivo. Ela quer uma vaga no curso de Têxtil e Moda da Universidade de São Paulo. Com mais facilidade em humanas, ela está determinada a aprender física -a matéria que a assombrou no ensino médio.

    "Eu sempre odiei física, mas, mesmo não sendo uma matéria que cai na segunda fase para o meu curso, eu me esforço muito. Agora virou um desafio pessoal aprender", diz a estudante.

    Thomé dedica uma hora e meia diária para cada disciplina, mas as quartas-feiras são só para a temida física.

    Aluna do Etapa, Samantha Laksmi Viegas, 18, quer cursar medicina. Ela se sai bem em física, química e biologia, porém precisa se esforçar mais em matemática, história e literatura. "Eu sempre estudo o mais difícil primeiro e três vezes por semana eu descanso à noite. No ano passado, estudava todo o tempo, mas não conseguia absorver o conteúdo", lembra.

    A experiência também mostrou que estudar apenas as disciplinas que tem mais dificuldade não resolve. "Eu sempre tirei boas notas em redação e acabei não me dedicando tanto. Na hora da prova, não fui tão bem", conta.

    Keiny Andrade/Folhapress
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