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    MEC recua e revoga ensino à distância nos anos finais do ensino fundamental

    PAULO SALDAÑA
    ENVIADO ESPECIAL A GRAMADO (RS)

    26/05/2017 21h12 - Atualizado às 21h47

    Márcia Ribeiro - 18.dez.10/Folhapress
    Turma de ensino à distância da USP Ribeirão; decreto do MEC flexibiliza regras para esse tipo de ensino
    Turma de ensino à distância da USP Ribeirão; decreto do MEC flexibilizava regras para esse tipo de aula

    O MEC voltou atrás e informou na noite desta sexta-feira (26) que vai revogar o artigo do decreto que amplia a liberação do ensino à distância na educação básica. A regulamentação, divulgada mais cedo, autorizava a adoção da modalidade nos anos finais (6º ao 9º ano) para alunos "privados da oferta" das disciplinas obrigatórias do currículo.

    Após questionamentos da Folha, o MEC encaminhou nota em que afirma que "houve erro material na redação" do artigo que trata do tema. A retificação será enviada para publicação no "Diário Oficial" da União na próxima segunda-feira (29).

    Os termos de um decreto de 2005 (nº 5.622), que tinham sido revogados, serão restabelecidos, segundo o MEC. Neste texto, a educação à distância só pode ser oferecida em duas ocasiões: complementação de aprendizagem e situações emergenciais. O artigo ampliava o que se chama de "situações emergenciais".

    No decreto desta sexta-feira, a modalidade remota seria também possível para aluno que estivessem "matriculados nos anos finais do ensino fundamental regular e estivessem privados da oferta de disciplinas obrigatórias do currículo escolar".

    O artigo também descrevia –como já fazia a legislação anterior– como situações emergenciais alunos impedidos de acompanhar o ensino presencial por motivo de saúde, que estivessem no exterior, vivessem em localidades que não possuíssem rede regular, transferidos compulsoriamente para regiões de difícil acesso. O novo texto alterou a redação em mais um ponto: antes, falava-se em pessoas em situação de cárcere, o que foi alterado para "em privação de liberdade", o que inclui jovens em medidas socioeducativas.

    O MEC não detalhou como se dará efetivamente a nova redação.

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