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    Câmara de SP aprova reajuste de 3,71% no salário de profissionais de educação

    GUILHERME SETO
    DE SÃO PAULO

    27/09/2017 21h41

    A Câmara Municipal aprovou nesta quarta-feira (27) um reajuste de 3,71% no salário dos professores e de outros profissionais de educação ativos e aposentados da rede municipal de ensino. O valor é retroativo ao mês de maio e será dividido em duas parcelas, a serem pagas em janeiro e em novembro de 2019. Após os pagamentos desses abonos, os valores serão incorporados aos salários.

    O projeto foi aprovado em votação simbólica, ou seja, todos os 46 vereadores presentes manifestaram-se favoravelmente. Com a aprovação em segunda votação no Legislativo, o projeto segue para a sanção do prefeito João Doria (PSDB).

    Kevin David - 25.mar.2017/A7 Press
    sAO PAULO, SP, SP, 25.03.2017: PROTESTO PROFESSORES MUNICIPAIS - O Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (SINPEEN) e o movimento, Brasileiros Unidos Contra a Reforma da Previdencia durante ato contra a PEC 287. Avenida Paulista, regiao centro sul da cidade de Sao Paulo (SP), na manha desse sabado (25). (Foto: Kevin David / A7 Press). *** PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTO COM CUSTO EXTRA E CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS ***
    Professores municipais em protesto na avenida Paulista, em março

    O aumento foi acertado em maio, data-base da categoria, em negociação entre sindicato da categoria e a Prefeitura de São Paulo. Entre março e abril, os professores ficaram 17 dias de greve e organizaram seguidos protestos contra a reforma da Previdência e com a demanda do reajuste da categoria. No final de 2016, Doria chegou a declarar que os servidores públicos não teriam reajuste em 2017. Pressionado, ele mudou o discurso e passou a admitir a possibilidade de conceder reajustes.

    Atualmente, o piso dos professores é de R$ 3.550, que passaria para R$ 3.681 com o reajuste.

    Antecessor de Doria, Fernando Haddad (PT) teve relação tensa com a categoria. Os professores ficaram 43 dias em greve em 2014 depois que o então prefeito se opôs a reajustes previstos. Naquele ano, após novas paralisações, o petista concedeu 7,57% de aumento no piso salarial (que subiu de R$ 3.300 para R$ 3.550) e se comprometeu com um novo reajuste nos anos seguintes –que, somados aos anteriores, somarão 29,65% até 2018.

    O vereador Cláudio Fonseca (PPS), presidente de um dos principais sindicatos da categoria, comemorou a aprovação do projeto do Executivo.

    "A expectativa para a sanção do prefeito é imensa. A aprovação na Câmara era esperada e positiva. Em um momento de dificuldades econômicas pelo qual passamos, no qual profissionais de educação de outros Estados não conseguem reajustes ou nem recebem seus salários, conseguimos um valor que é pelo menos igual à inflação", disse.

    O projeto deverá ter impacto imediato sobre os profissionais que ganham salários até o piso de sua categoria. Caso o prefeito sancione o projeto ainda em outubro, eles receberão o acumulado retroativo a maio deste ano já no próximo mês de novembro.

    Segundo Fonseca, cerca de 106 mil profissionais de educação serão beneficiados pelo reajuste, caso sancionado por Doria.

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