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    Unicamp regulamenta cotas e aprova vagas pelo Enem a partir de 2019

    DE SÃO PAULO

    21/11/2017 20h19

    Eduardo Knapp - 17.ago.2012/Folhapress
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    Fachada da faculdade de educação da Unicamp; universidade quer mudar vestibular

    A Unicamp regulamentou nesta terça-feira (21) uma proposta de mudança no vestibular que abre mais quatro formas de acesso à universidade: cotas, Enem, vestibular indígena e medalhistas de competições científicas.

    O Consu (Conselho Universitário da Unicamp), acatou a maior parte das sugestões encaminhadas por um grupo de trabalho designado para repensar as vias de ingresso na universidade.

    As medidas valerão para os estudantes que entrarem na instituição a partir de 2019. É o caso da oferta de vagas pelo Enem e das cotas étnico-raciais.

    Agora, 80% das vagas serão oferecidas pelo vestibular, das quais 15% vão ser destinadas a quem se autodeclarar preto ou pardo.

    As 20% restantes serão preenchidas pela prova do Enem –10% oferecidas a todos os alunos de escolas públicas e as outras 10% vinculadas a critérios raciais: 5% para estudantes pretos ou pardos da rede pública e 5% apenas para estudantes pretos ou pardos.

    A proposta enviada para avaliação do Consu previa que as vagas extra-vestibular fossem promovidas via Sisu (Sistema de Seleção Unificada), do Ministério da Educação, mas optou-se por um sistema próprio com base no desempenho do candidato no Enem –a ser regulamentado por edital.

    "Foi um dia muito importante para Unicamp. A ideia foi diversificar as formas de ingresso na universidade para atrair estudantes mais diversos e, naturalmente, os melhores estudantes. Um aspecto fundamental da universidade é ter a sociedade refletida dentro da sua população", afirmou o reitor da instituição, Marcelo Knobel.

    Ricardo Matsukawa - 23.nov.14/UOL
    SAO PAULO - SP - BRASIL - 23/11/2014 - VESTIBULAR UNICAMP. Candidatos realizam a prova da primeira fase do vestibular da Unicamp na unidade da Unip na rua Vergueiro, em São Paulo, capital. (Foto: Ricardo Matsukawa/UOL).******EMBARGADO PARA USO EM INTERNET******* ATENCAO: PROIBIDO PUBLICAR SEM AUTORIZACAO DO UOL ORG XMIT: AGEN1411231711208826
    Jovens fazem vestibular da Unicamp, em 2014

    VESTIBULAR INDÍGENA

    O Consu também votou a favor da criação de um vestibular específico para indígenas. A medida será facultativa em 2019 e 2020, mas todos os cursos da universidade deverão adotar o sistema a partir de 2021.

    A ideia inicial é reservar a esse público até duas vagas em 16 cursos: medicina, ciências biológicas, farmácia, enfermagem, educação física, nutrição, ciências sociais, letras, linguística, pedagogia, geografia, história, filosofia, administração, comunicação social/midialogia e engenharia agrícola.

    Também serão criadas vagas extras para destaques em olimpíadas nacionais de conhecimento, como a Olimpíada Brasileira de Matemática e a Olimpíadas Brasileira de Física.

    Além disso, o programa de bônus da universidade, o Paais (Programa de Ação Afirmativa e Inclusiva), também será remodelado. A pontuação extra, adicionada à nota final da primeira e da segunda fase do vestibular, passa a ser de 40 pontos para estudantes que cursaram todo o ensino médio na rede pública e de 20 pontos para estudantes que cursaram todo o ensino fundamental 2 na rede pública. Com as mudanças previstas, o sistema deixa de abranger os autodeclarados pretos, pardos e indígenas.

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