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    Andres acusa presidente do São Paulo de ser preconceituoso

    ADRIANO WILKSON
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    13/10/2011 07h25

    Os presidentes do Corinthians e do São Paulo trocaram farpas publicamente nesta quarta-feira. "O problema do Andres é o Mobral inconcluso. Quando ele concluir isso, vai dar uma melhorada", disse à tarde o são-paulino Juvenal Juvêncio, em referência ao Movimento Brasileiro de Alfabetização.

    O Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização) foi um projeto do governo brasileiro, de 1967, e propunha a alfabetização funcional de jovens e adultos.

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    À noite, o cartola alvinegro respondeu. "Eu tenho muito orgulho das pessoas que se formaram no Mobral, mas eu não fiz o Mobral, fiz o ginásio. É um preconceito muito triste dizer que a pessoa não tem curso universitário, dizer que a pessoa não tem um português correto, que esquece de falar um esse."

    Em seguida, o cartola admitiu que se sentiu ofendido com as declarações do rival tricolor e fez referência à sua própria ascendência espanhola.

    "Nós vivemos em um país de imigrantes, onde, infelizmente, muitos não tiveram a oportunidade de estudar. Eu [não estudei] foi por um pouco de preguiça, por falta de vontade, mas hoje eu estou estudando, como a maioria da população brasileira também está. Meu pai não fez nem a 4ª série primária. Por isso ele não é uma pessoa digna?".

    Ricardo Nogueira/Folhapress
    O presidente do Corinthians, Andres Sanchez, concede entrevista no CT Joaquim Grava
    O presidente do Corinthians, Andres Sanchez, concede entrevista no CT Joaquim Grava

    Ele também acusou o mandatário são-paulino de se perpetuar no comando do time através de "golpes" e o chamou de "ditador". O corintiano disse que ao fim de seu mandato, em fevereiro de 2012, deixará a presidência do clube. "Depois eu vou embora, vou para minha casa, curtir minha vida, namorar, curtir um jogo do Corinthians no Pacaembu."

    A briga entre os presidentes começou quando Andres, na sexta-feira passada, disse que o atacante Dagoberto não ficaria no Morumbi em 2012 e que o São Paulo estava negociando com o atacante Romarinho, do Bragantino. Juvenal reagiu e, ontem, afirmou que o corintiano teria sido vítima lobistas.

    "Isso é mais velho do que andar para trás. Quando um time quer valorizar um determinado jogador, diz: `olha, se você não pagar, o São Paulo paga'. Será que o Andres vai terminar o mandato dele sem aprender? Isso é golpe", afirmou Juvenal.

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