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    GP americano de F-1 corre risco de não acontecer

    DE SÃO PAULO

    17/11/2011 07h30

    A volta do GP dos EUA ao calendário da F-1 no ano que vem sofreu dois duros golpes. E Bernie Ecclestone, detentor dos direitos comerciais da categoria, afirmou ontem que a realização da corrida em Austin, no Texas, está ameaçada.

    O imbróglio começou nesta semana, quando as obras para a construção do Circuito das Américas foram interrompidas. De acordo com Bobby Epstein, um dos sócios do empreendimento, o motivo foi o não recebimento de um contrato assegurando a realização da corrida em 2012.

    O problema é que existe um racha entre o Cota (Circuit of the Americas), dono do circuito, e os organizadores da corrida, representados pela Full Throttle Productions.

    "Existem dois grupos: um que possui a pista e outro que tem o contrato. E eles esqueceram de conversar entre eles", reclamou Ecclestone, que cancelou seu acordo com a Full Throttle e começou a negociar direto com o Cota.

    Arte/Folhapress

    O dirigente afirmou, no entanto, que não recebeu ainda nenhuma garantia bancária do grupo. E deu três semanas para que a questão seja solucionada, caso contrário ameaça cancelar a corrida, já que o calendário de 2012 da F-1 será finalmente confirmado na próxima reunião do Conselho Mundial, no dia 7.

    "Nós fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para que esta corrida fosse realizada. Agora, eles correm o risco de a corrida não acontecer", reclamou Ecclestone.

    Além do racha e das ameaças do dirigente, anteontem à noite o governo texano informou os organizadores que eles não receberão o adiantamento de US$ 25 milhões (cerca de R$ 44,2 milhões) que havia sido prometidos.

    O dinheiro seria usado para pagar a taxa exigida por Ecclestone para que os países recebam etapas do Mundial.

    Segundo os governantes, o motivo para a suspensão do pagamento adiantado foi o racha entre organização e donos do circuito além da confirmação de uma corrida em Nova Jersey, a partir de 2013 --os texanos acham que perderão muito com a concorrência da nova prova.

    "[Estes fatos] são uma preocupação. Iremos monitorar a situação", disse Susan Combs, fiscal de contas públicas do Texas. "Vou ser clara: não iremos gastar nenhum dinheiro com este GP de F-1. Os únicos dólares que serão gastos no evento são as receitas fiscais obtidas com o sucesso da prova. O Estado do Texas não gastará nada antes."

    Inicialmente anunciado para junho do ano que vem, o GP dos EUA foi mais tarde empurrado para 18 de novembro para que o circuito tivesse mais tempo de ser concluído.

    Um dos mercados mais interessantes para a categoria, os EUA não recebem uma prova da F-1 desde 2007.

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