Cerca de 500 pessoas estão no cemitério do Jaraguá, em São Paulo, para o velório do corpo do estudante de engenharia André Alves Lezo, 21, morto ontem após ser baleado em uma briga entre torcedores de Palmeiras e Corinthians. O enterro está marcado para as 14h30 desta segunda-feira.
A maioria dos presentes veste a camisa da uniformizada Mancha Alviverde --o irmão de André, Lucas, é vice-presidente da facção e se envolveu em outra confusão no ano passado, em um clássico em Presidente Prudente (SP), quando também foi baleado.
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Apesar disso, a mãe deles, Gildair Alves Lezzo, proibiu o uso de bandeiras da torcida no local. E vestiu o rapaz de terno e gravata, sem qualquer adereço do Palmeiras ou da Mancha. Também não será colocado nada referente ao time acima do caixão.
| Manuel Salvado/Folhapress | ||
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| Confrontos entre a torcida do Corinthians, Gaviões da Fiel, e a policia, momentos antes do jogo deste domingo |
A entrada da imprensa não foi permitida no velório.
O gerente de futebol palmeirense, César Sampaio, acaba de chegar ao cemitério, acompanhado do assessor de imprensa do clube, Fabio Finelli.
Única integrante da organizada a se manifestar, a torcedora Carolina Chely disse que entrou na Mancha a convite de André e lamentou o ocorrido. "Era um garoto de ouro. Não entendo por que o que era para ser festa acaba em morte", afirmou.
O INCIDENTE
O rapaz foi atingido por um tiro na cabeça durante um confronto entre cerca de 300 torcedores do Corinthians e Palmeiras. Os grupos rivais se enfrentaram antes do jogo entre os dois times na avenida Inajar de Sousa, zona norte de São Paulo, com pedaços de paus, ferro e pedras, além de armas de fogo.
Lezo foi socorrido e encaminhado ao Hospital Geral de Vila Nova Cachoeirinha, onde morreu à noite. Outros dois torcedores que ficaram feridos na briga receberam socorro médico no mesmo hospital. Depois foram transferidos para outros hospitais.
Um deles, de 23 anos, recebeu um tiro na bacia e está internado no Hospital do Mandaqui. O outro, de 27 anos, atingido na cabeça com um barra de ferro, se encontra no Hospital Cruz Azul.
Duas pessoas foram detidas e encaminhadas ao 72º DP (Vila Penteado), onde o caso foi registrado. A polícia investiga se a briga foi marcada pela internet.