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    Palmeirense morto em briga era irmão de torcedor baleado em 2011

    LUCAS REIS
    MARCEL RIZZO
    ROGÉRIO PAGNAN
    DE SÃO PAULO

    26/03/2012 16h00

    Agosto de 2011: horas antes de um Corinthians e Palmeiras, em Presidente Prudente, o balconista palmeirense Lucas Alves Lezo levou um tiro após confronto com policiais, ficou dois dias internado e recebeu alta.

    Março de 2012: horas antes de um Corinthians e Palmeiras, neste domingo, em São Paulo, o estudante palmeirense André Alves Lezo levou um tiro após confronto com corintianos.

    Reprodução/Facebook/Andre Lezo
    O torcedor palmeirense Andre Alves Lezo, morto em confronto com corintianos
    O torcedor palmeirense Andre Alves Lezo

    André morreu por volta das 21h do domingo e foi enterrado nesta segunda-feira. Estudava engenharia civil na Uninove. Era irmão de Lucas, o palmeirense que foi baleado e se salvou, ano passado, em Prudente, e que se tornaria o atual vice-presidente da torcida organizada Mancha Alviverde.

    Tudo aconteceu na manhã de clássico. A polícia suspeita que o confronto pode ter sido agendado pela internet.

    André levou um tiro na cabeça e perdeu massa encefálica. Passou toda a tarde e início da noite internado. Foi enterrado na tarde desta segunda-feira, no cemitério do Jaraguá, em São Paulo.

    O tumulto ocorreu na avenida Inajar de Souza, no bairro do Limão, a 8 km do Pacaembu.

    Eram cerca de 300 corintianos e palmeirenses, de acordo com a polícia. Seis outras pessoas ficaram feridas, três delas já deixaram o hospital nesta segunda.

    Os torcedores rivais se enfrentaram com armas de fogo, pedaços de paus, pedras e barras de ferro. Duas pessoas foram baleadas. Um rapaz de 23 anos foi atingido na bacia. O outro foi Lezo.

    Apu Gomes/Folhapress
    Familiares e torcedores palmeirenses no enterro de André Alvez Lezo, no cemitério do Jaraguá
    Familiares e torcedores palmeirenses no enterro de André Alves Lezo, no cemitério do Jaraguá

    Um rapaz de 27 anos foi ferido com uma barra de ferro na cabeça. Estava internado com traumatismo craniano.

    O porta-voz da PM, major Marcel Soffner, disse que a corporação foi informada, por volta das 9h, de uma concentração de mais de 200 palmeirenses na avenida.

    Duas equipes foram enviadas ao local para fazer o acompanhamento, como é praxe em dias de clássico. Uma hora depois, porém, um grande grupo de corintianos chegou à avenida e começou o tumulto. Foi chamado reforço de policiais.

    Dois suspeitos, ligados à torcida do Palmeiras, foram encaminhados ao distrito policial. Moradores apontavam a participação deles no tiroteio. Como nenhuma arma foi localizada, ambos foram submetidos a exame residuográfico (que apura vestígios de pólvora) e liberados.

    A Polícia Civil deve investigar a participação dos dois na briga e se o confronto foi agendado pela internet.

    Soffner disse que se suspeita do agendamento em razão da enorme quantidade de barras apreendidas. Numa briga casual, não seria possível encontrar tantas.

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