A empresa Elmway, que disputa judicialmente a titularidade do terreno onde será construído o campo de golfe para a Olimpíada, deve tentar esta semana o bloqueio da propriedade. A medida visa impedir qualquer obra no local, escolhido para sede das disputas da modalidade.
Oficiais de Justiça foram ao gabinete do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e à sede da empresa RJZ Cyrela para localizar eventual contrato relacionado à construção do campo. Nos dois locais, a informação é de que não há qualquer documento.
Em nota, a prefeitura diz que o empreendimento é "exclusivamente privado".
O advogado Sérgio Antunes, que representa a Elmway no processo, disse que vai pedir esta semana o bloqueio do terreno, a fim de impedir qualquer obra no local antes da decisão sobre a titularidade da área.
Dois grupos disputam no Tribunal de Justiça do Rio a posse do terreno de 377 mil metros quadrados. De um lado, o empresário Pasquale Mauro declara ser o proprietário. Do outro, a empresa Elmway Participações Ltda afirma ser dona da área.
Para representantes da Elmway, se a posse do terreno não foi estabelecida pela Justiça, a prefeitura não pode decidir construir o campo ali.
De acordo com site da Prefeitura do Rio, a construção, orçada em R$ 60 milhões, e a manutenção do local ficariam a cargo da iniciativa privada.
Em troca, o prefeito assinou decreto permitindo a construção de 23 prédios de 22 andares na região, beneficiando Pasquale Mauro, 84, que se diz dono do terreno, e a construtora RJZ Cyrela.
Desde o lançamento do empreendimento, a Justiça do Rio tenta obter cópia desses documentos.