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    Sem rivais, Nuzman concorre à reeleição do COB

    EDUARDO OHATA
    DE SÃO PAULO

    05/10/2012 06h12

    Agora sem oposição, Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro há 17 anos, busca hoje, no Rio, sua quarta reeleição.

    O mandatário, que acumula a direção do comitê organizador da Olimpíada-16, viu o grupo de presidentes de confederações que lhe faziam oposição, mesmo que de maneira informal, se dispersar.

    À frente de uma chapa única e sem vozes dissonantes, os preparativos para essa eleição difere totalmente da que aconteceu quatro anos atrás.

    Este ano, o edital de convocação foi publicado no jornal "O Globo", de circulação nacional, há um mês. Há quatro anos, o aviso fora publicado em jornais de circulação consideravelmente menor: no "Jornal dos Sports" e no "Jornal do Comercio", e os eleitores avisados das eleições a poucos dias do pleito.

    O estatuto do COB e o regimento interno da assembleia, que, juntos, explicam o funcionamento da eleição, antes guardados a sete chaves, foram agora disponibilizados no site do comitê na internet.

    O fim do núcleo opositor que reunia entre oito e nove cartolas, teve início em 2011, quando se posicionaram em torno de Ary Graça, presidente da Confederação de Vôlei.

    Will Oliver - 20.jul.12/France Presse
    Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB e da Rio-2016, na inauguração da Casa Brasil em Londres
    Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB e da Rio-2016, na inauguração da Casa Brasil em Londres

    Ouviram do cartola, eleito mês passado presidente da Federação Internacional de Vôlei, que, se Nuzman não saísse candidato e indicasse outro nome para a chapa situacionista que não o seu, se candidataria pela oposição.

    Mas Nuzman confirmou a condição de candidato, e, na sequência, Ary ratificou seu apoio a ele, fato divulgado pela assessoria do comitê.

    Um a um, os cartolas "rebeldes" foram chamados para reuniões com Nuzman, fortalecido desde a última eleição pela Olimpíada de 2016.

    Também aconteceram destituições de presidentes, inclusive de críticos da política do COB, ou cuja gestão não era vista com bons olhos.

    O resultado foi a desidratação do grupo de oposição.

    À Folha, em abril, o presidente da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo, Eric Maleson, denunciou a tentativa do COB de forçá-lo a contratar profissionais indicados pelo comitê e operações bancárias suspeitas. Disse ainda que a ação para tirá-lo da CBDG fora orquestrada pela cúpula do COB.

    Maleson buscou registrar chapa de oposição, rejeitada pelo regimento interno. Promete ir à assembleia hoje.

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