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    Nuzman minimiza polêmicas e se vê fortalecido após reeleição no COB

    RAFAEL VALENTE
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    09/10/2012 16h13

    Carlos Arthur Nuzman, 70, entende que ficou mais fortalecido após ser reeleito pela quarta vez no comando do COB. O cartola está no poder desde 1995 e vai ficar no cargo até (pelo menos) 2016, embora já tenha sinalizado que pode continuar depois disso.

    "Quem é eleito sai forte", disse Nuzman, que participou nesta terça-feira de encontro sobre "As Oportunidades de Negócios para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016" na Fiesp, na avenida Paulista.

    "Toda eleição é uma experiência nova. É a evolução do mundo e da sociedade. Fiquei contente com o resultado."

    O encontro teve início logo pela manhã com uma apresentação sobre o projeto dos Jogos e o impacto da realização do evento no Rio e no país. Nuzman atendeu os jornalistas durante um intervalo de quase 15 minutos.

    Caio Kenji/Folhapress
    Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, dá entrevista na Fiesp
    Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, dá entrevista na Fiesp

    "Ele [Aldo Rebelo] já falou isso. O mérito do trabalho é medido pelo que você faz e não pelo tempo. O que posso dizer é que a minha relação com ele é ótima e vamos trabalhar juntos", disse Nuzman, ao ser questionado sobre a desaprovação do ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

    Em setembro, Rebelo disse que é a favor da alternância de poder nas confederações esportivas. Sem citar nomes, ele disse inclusive que o programa de incentivo a atletas olímpicos passaria a exigir contrapartidas das entidades que recebem dinheiro público, entre elas a renovação no poder.

    "Eu defendo que haja limite no tempo de mandato e no número de mandatos. No Brasil, você tem limite para tudo. Até para o tempo que você pode ficar no Supremo Tribunal Federal, na Presidência da República", disse na época Rebelo, em entrevista à Folha.

    Nuzman, que também é presidente da Comitê Organizador da Rio-2016, minimizou ainda o escândalo sobre o furto de documentos da organização dos Jogos de Londres.

    "A gente já falou tanto isso. O que tinha que ser feito foi feito. As pessoas foram demitidas [dez funcionários] e o Locog recebeu a documentação".

    DIVERGÊNCIA

    Sobre o encontro na Fiesp, Nuzman ressaltou que o trabalho para os Jogos do Rio-2016 está seguindo o cronograma da organização e que espera ter a colaboração da Fiesp.

    "É a segunda vez que venho à Fiesp para me reunir com o Conselho. Vão ter outras reuniões e o grupo de trabalho é muito importante para ter colaboração direta em todas as áreas que a Fiesp possa ajudar."

    O discurso aparentemente vai na contramão do que disse José Carlos de Oliveira Lima, vice-presidente da Fiesp, que demonstrou preocupação com o cronograma.

    "Resolvemos conversar com o comitê para ver quais são os projetos para 2016. Estamos preocupados em relação ao andamento das obras e sobre material humano. A questão de mobilidade urbana está atrasada assim como os aeroportos. Temos que começar a trabalhar o quanto antes. Quanto mais perto dos Jogos mais caras as obras ficarão e isso a gente não quer. O que nós queremos é um projeto", disse.

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