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    Projeto prevê Maracanãzinho menor que o exigido para a Olimpíada

    DE SÃO PAULO

    25/10/2012 04h35

    O estudo encomendado pelo governo do Estado do Rio para a reforma do ginásio Maracanãzinho ignorou a capacidade mínima estabelecida pelo COI (Comitê Olímpico Internacional) para a Olimpíada e que deveria nortear o projeto dos Jogos de 2016.

    No compromisso firmado com a entidade, a previsão do Rio era investir em um ginásio para 12 mil pessoas para os jogos de vôlei. Atualmente, o Maracanãzinho comporta 11.424 espectadores.

    A IMX, empresa responsável pelo estudo de viabilidade econômica do Complexo Esportivo do Maracanã, recomendou que o novo ginásio tivesse só 9.914 lugares --a informação foi publicada ontem pelo jornal "O Globo".

    Com essa capacidade, a arena não poderia fazer parte da Olimpíada do Rio.

    Empresa do bilionário Eike Batista, a IMX vai receber cerca de R$ 2,4 milhões pelo estudo feito para o governo.

    O valor será pago pela empresa vencedora da licitação que vai definir o grupo responsável pela gestão e pela manutenção do Maracanã.

    O contrato de concessão terá duração de 35 anos a partir da assinatura, em 2013.

    O estudo foi base para a minuta do edital de licitação publicada no site da Secretaria de Estado da Casa Civil.

    A assessoria do governo do Rio ressaltou que o texto final só será definido após audiência pública em 8 de novembro. E afirmou, em nota, que a questão da capacidade será resolvida: "O governo está tratando do assunto com o comitê para chegar a um denominador comum".

    Questionada pela Folha, a IMX afirmou que o estudo foi baseado em premissas estabelecidas pelo Estado e que, para a licitação, o governo pode usar o projeto na íntegra ou alterá-lo.

    O Comitê Rio 2016 disse que não teve conhecimento prévio do estudo e que está em contato com o governo para os ajustes necessários.

    O Complexo do Maracanã engloba ainda o estádio de atletismo Célio de Barros e o parque aquático Júlio Delamare, que serão demolidos.

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