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    Amigo de Ricardo Teixeira fatura verba da seleção

    SÉRGIO RANGEL
    DO RIO

    28/10/2012 05h12

    Quatro empresas de propriedade de um amigo do ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira foram apontadas pela confederação como beneficiárias do contrato de patrocínio da seleção com a TAM.

    Pelo o acordo, que terá validade até o ano da Copa do Mundo de 2014, a CBF indicou as empresas do Grupo Águia, de propriedade do empresário Wagner Abrahão, para receber as cotas mensais de patrocínio.

    O empresário já foi investigado por uma CPI e é um dos mais próximos amigos do ex-presidente da CBF. Teixeira, que deixou o cargo em março, comandava a entidade na ocasião da assinatura do contrato.

    De acordo com um dos artigos do contrato firmado entre as duas instituições, a CBF informa à TAM que o pagamento mensal poderá ser feito na conta de uma das quatro empresas do grupo de Abrahão e as lista.

    São elas: a Pallas Operadora Turísticas Ltda, a Iron Tour Operadora Turística Ltda, a One Travel Turismo Ltda e a Top Service Turismo Ltda.

    Pelo contrato, a TAM paga US$ 7 milhões por ano à confederação para patrocinar a seleção brasileira de futebol. As cotas são pagas mensalmente pela companhia aérea.

    O documento firmado entre a TAM e a CBF tem ainda uma cláusula de confidencialidade para manter o artigo em sigilo.

    Na cláusula, a "CBF obriga-se a exigir das empresas (...) compromisso de confidencialidade sobre as condições do contrato".

    O acordo atual tem validade até o final de 2014, mas já prevê sua prorrogação até 31 de dezembro de 2018.

    Neste período, a TAM vai transportar a seleção em dois Mundiais. Além da Copa brasileira, a empresa aérea cuidará dos voos dos jogadores durante o Mundial da Rússia.

    Na Copa da África do Sul, a TAM já havia levado o time comandado por Dunga.

    AMIGOS

    Em fevereiro, Teixeira viajou acompanhado de Abrahão para Miami, dias antes de renunciar ao comando da confederação.

    Depois de mais de 20 anos no cargo, ele entregou o poder em março por pressão do governo federal e da Fifa.

    Abrahão é parceiro da CBF desde os anos 90.

    Em 2001, a CPI do Futebol investigou a agência SBTR, cujo dono era o empresário.

    De acordo com a CPI, a empresa de Abrahão praticava tabela com tarifas cheias, sem desconto, em viagens da seleção brasileira pagas pela entidade que rege o futebol.

    No relatório final, os senadores mostraram que a CBF repassou R$ 31,1 milhões à SBTR em três anos, de 1998 a 2000. Segundo os senadores, não havia notas fiscais referentes às passagens compradas com a agência.

    Apesar da investigação da CPI, nos anos seguintes, as empresas de Abrahão continuaram trabalhando com a confederação.

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