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    Palmeiras leva 9 a 0 no tribunal, e jogo contra o Inter não é anulado

    SÉRGIO RANGEL
    DO RIO

    08/11/2012 13h50

    O STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) negou o pedido do Palmeiras de anulação da partida contra o Internacional, disputada no último dia 27, pela 33ª rodada do Brasileiro. Os nove auditores presentes no julgamento desta quinta-feira, no Rio de Janeiro, foram contra.

    Assim os pontos do Internacional, que venceu por 2 a 1, foram mantidos. O julgamento durou pouco mais de duas horas e meia.

    O procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, classificou o pedido palmeirense como um absurdo. "O tribunal trabalha pelo direito. Não existe nenhum direito neste caso. É um absurdo o que o Palmeiras está pleiteando", disse.

    Há uma semana o Palmeiras entrou com um pedido de anulação do jogo, alegando que o árbitro Francisco Carlos Nascimento teve auxílio de um recurso externo (o que não é permitido pelas regras da Fifa) para anular o gol de mão de Barcos.

    Ricardo Rimoli/Lancepres
    Momento em que o atacante Barcos coloca a mão na bola durante jogo entre Inter-RS x Palmeiras
    Momento em que o atacante Barcos coloca a mão na bola durante jogo entre Inter-RS x Palmeiras

    O relator do caso, Ronaldo Piacente Filho, disse que o Palmeiras não apresentou provas que sustentassem sua versão. "Não havia prova do erro de direito. Nada que mostrasse que o delegado da partida informou o quarto arbitro. Não tinha imagem, nem testamunhas. A arbitragem atuou de forma certa".

    Barcos foi ouvido no julgamento e disse que o toque com a mão foi involuntário. Alegou que foi empurrado e puxado no lance e por isso acertou a mão na bola. O árbitro e o quarto árbitro, Jean Pierre Gonçalves Lima, também foram ouvidos.

    O árbitro disse que decidiu pela anulação após o ouvir o quarto árbitro, que confirmou a versão. Ele disse que ao ver que Nascimento daria o gol informou pelo rádio "que alguém de branco havia tocado a mão na bola" --o Palmeiras jogou com o segundo uniforme.

    O delegado da partida, Gerson Antônio Baluta, também confirmou a versão e disse que não tinha meios para se comunicar com a arbitragem.

    A tese palmeirense sustentava que Baluta teria avisado ao quarto árbitro após consultar uma repórter da TV Bandeirantes, que não esteve presente ao julgamento.

    "Estou aliviado que a verdade prevaleceu. O julgamento mostrou que não tive nenhum envolvimento com a decisão da arbitragem", disse Baluta.

    PALMEIRAS

    O presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, que acompanhou o julgamento no Rio, disse que o resultado já era esperado.

    "Eu já imaginava que seria assim, mas sempre tenho de acreditar. Estamos defendendo nossos direitos dentro e fora de campo. Fizemos o que tinha de ser feito e sabíamos que seria bem difícil", afirmou o cartola.

    Arte/Folhapress

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