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    Novo prefeito quer renovar GP Brasil em SP até 2020

    EDUARDO OHATA
    DE SÃO PAULO

    24/11/2012 04h55

    O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, tem intenção de renovar o contrato do GP Brasil, segundo a Folha apurou. O pré-requisito para o início da negociação para manter a prova no município até 2020, ou possivelmente até 2022, é a reforma do paddock.

    O prefeito Gilberto Kassab e Haddad têm presença confirmada em Interlagos neste domingo. Havia a expectativa de que hoje os políticos se reunissem com Bernie Ecclestone, homem-forte da FOM (Formula One Management).

    Mas tal encontro não havia sido confirmado até esta sexta-feira. Como os prefeitos estariam chegando de viagem, é possível que nenhum deles estivesse em condições para uma reunião. Na pauta, a renovação contratual e a reforma.

    O contrato atual com São Paulo se estende até 2014.

    Gabo Morales/Folhapress
    Nova área de escape do S do Senna no autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo
    Nova área de escape do S do Senna no autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo

    Pessoas bem posicionadas na próxima administração paulistana argumentam que Haddad tem interesse em atrair ou, no caso, manter grandes eventos na cidade.

    Apontam para sua viagem essa semana à Paris, onde defendeu a candidatura de São Paulo à Expo-2020 para dirigentes do Bureau Internacional de Exposições, órgão que regulamenta o evento.

    A reforma --ou ampliação-- do paddock, antiga reivindicação das equipes que disputam o GP Brasil, estava prevista para estar concluída no ano que vem. Mas a operação foi suspensa por causa da troca de prefeitos.

    "Todas as equipes vêm falando sobre isso, pré-requisito para a negociação. A área dos boxes está um pouco apertada, e tem a questão do espaço para armazenar os pneus", diz Claudia Ito, diretora-executiva do GP Brasil.

    Mastrangelo Reino/Folhapress
    O prefeito eleito Fernando Haddad (à esquerda) conversa com o prefeito Gilberto Kassab na embaixada brasileira em Paris
    O prefeito eleito Haddad (à esquerda) conversa com o prefeito Kassab na embaixada brasileira em Paris

    "O Kassab se preocupou, desenhou o projeto [da reforma]. Mas, infelizmente, o projeto coincidiu com a fase final da campanha eleitoral. Se começarmos logo, já nos próximos meses, em dois anos, dá tempo de concluir."

    Apesar da intenção inicial de manter o GP em São Paulo, o estafe de Haddad alerta que não há pressa, que o assunto provavelmente já deve ser analisado na semana que vem, mas que é necessário olhar o que precisa ser feito, além do custo da reforma.

    A principal herança de Kassab em Interlagos, em termos de infraestrutura, será o camarote VIP da prefeitura, concluído neste ano. Era uma necessidade, segundo argumentou Kassab, sob uma perspectiva corporativa.

    A instalação, luxuosa, conta com dois pavimentos. O primeiro tem capacidade para 600 pessoas, sofás, mesas e uma visão panorâmica, e escritório para autoridades.

    O segundo contempla uma área aberta, sem serviço de bufê, especialmente planejado para "quem gosta de ouvir o barulho dos carros", ideal para acompanhar a prova.

    CUSTO DE ATÉ R$ 400 MILHÕES

    Projeções apontam que a reforma em Interlagos para adaptar o GP Brasil e atender os pré-requisitos que possibilitem a negociação de renovação da prova no município ficará orçada entre
    R$ 300 milhões e R$ 400 milhões.

    Somente as reformas previstas para os novos boxes, no paddock (além dos escritórios das equipes) e na curva da Reta Oposta consumiria cerca de R$ 120 milhões.

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