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    Torcedores invadem Toyota e ensinam japoneses a gritar 'Vai, Corinthians'

    LUCAS REIS
    SANDRO MACEDO
    ENVIADOS ESPECAIS A TOYOTA

    13/12/2012 03h26

    No dia 12 do mês 12 do ano 12 do século 21 começou o agrupamento de torcedores corintianos em um estádio japonês, movimento migratório batizado pela própria torcida de terceira invasão.

    Se o time, e o próprio Mundial de Clubes, passavam despercebidos por Nagoya ou Toyota, essa percepção mudou na estreia da equipe.

    Desde cedo, torcedores chegaram em pequenos grupos a Nagoya, a "casa" do time. Vinham de Tóquio, base para milhares de corintianos.

    Era impossível andar por duas quadras da região de Sakae ou da estação central sem ver alguém com boné, agasalho, gorro ou qualquer outro adereço do time.

    "Vim de Chicago e meu voo já estava cheio de corintianos", disse Sérgio Fasolari, 50, empresário que mora em Moema e foi para Tóquio.

    Kim Kyung-Hoon/Reuters
    Torcida corintiana durante a semifinal do Mundial de Clubes, contra o Al-Ahly, no Japão
    Torcida corintiana durante a semifinal do Mundial de Clubes, contra o Al-Ahly, no Japão

    Quando em grupos, os corintianos eram pequenas celebridades. Pediam aos japoneses que registrassem suas fotos e, em seguida, ensinavam o grito pacientemente: "Vai, Co-rin-thians". Alguns devem ter sido catequizados.

    Quase quatro horas antes do jogo, na frente ao estádio, a torcida já somava milhares. Ainda era possível encontrar ingressos (o mais barato por R$ 175), mas os corintianos fizeram sua parte. Eram a maioria dos 31.417 presentes.

    Dentro e fora da arena, faixas e cartazes traziam a origem dos torcedores, de Goiânia à Austrália, de Taubaté a Altinópolis, incluindo a maior delas, da Gaviões.

    "Estávamos em casa, no Pacaembu. A torcida foi impressionante. Eu, com 34 anos, fiquei surpreso", confessou o atacante Emerson.

    "Não chegou a lotar completamente, mas tem clube no Brasil que não consegue colocar o número de torcedores que o Corinthians colocou do outro lado do mundo."

    A festa só diminuiu um pouco após a semifinal. Muitos respiravam aliviados.

    "Mas é melhor ganhar de 1 a 0 jogando mal do que perder sendo melhor", analisou torcedor de Diadema antes de se despedir: "Vai, Corinthians". O Corinthians iria, na madrugada, para Yokohama, palco da final.

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