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    Corinthians reencontra Martínez e Boca Juniors em má fase

    RODRIGO HERRERO
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    01/05/2013 13h01

    Corinthians e Boca voltam a se encontrar pela Libertadores após a final do ano passado, vencida pelos brasileiros. E um jogador une as duas equipes. Juan Manuel Martínez, 27, foi contratado pelo clube argentino junto ao brasileiro em janeiro e é a esperança em, desta vez, conseguir derrubar os corintianos.

    Martínez, no entanto, não emplacou ainda em La Bombonera. O atacante atuou por 13 partidas como titular este ano --sete pelo Campeonato Argentino e seis pela Libertadores-- e fez apenas um gol, pela competição sul-americana.

    O atleta tem sido contestado pela imprensa argentina por não desenvolver o mesmo futebol do Vélez Sarsfield, responsável por levar o clube para as quartas de final da Libertadores de 2012.

    Martínez foi contratado pelo Corinthians por causa de suas atuações no Vélez, mas não conseguiu se firmar e até gerou mal estar no clube após reclamar publicamente por estar na reserva. Almejando a titularidade, o atacante preferiu voltar ao seu país de origem. O Boca aproveitou e, em janeiro, pagou US$ 3 milhões (cerca de R$ 6 milhões) ao Corinthians, que ainda detém 10% dos direitos econômicos do jogador.

    A ideia do atacante era retomar o bom futebol no Boca e almejar a seleção, como revelou em entrevistas aos jornais argentinos no início do ano.

    Mas, nas seis partidas da Libertadores, Martínez saiu em três delas e ainda tomou um cartão amarelo. Pelo torneio local, das sete partidas iniciadas no time titular, o atleta foi substituído em quatro oportunidades. Em outra, entrou no decorrer do jogo.

    NOVO TIME

    E na reedição do duelo da final sul-americana do ano passado, as duas equipes vêm em momentos distintos. O Corinthians continua apresentando um futebol competitivo, com praticamente o mesmo elenco do ano passado, reforçado por nomes como Alexandre Pato e Renato Augusto.

    Já o Boca trouxe de volta Carlos Bianchi --três vezes campeão da Libertadores com a equipe (2000, 2001 e 2003)-- e mudou parte de seus titulares. Mesmo assim, vive um péssimo momento em 2013.

    Almeida Rocha-14.dez.2012/Folhapress
    Martinez em treino do Corinthians, no Japão
    Martinez em treino do Corinthians, no Japão

    Sem vencer há dez rodadas no Campeonato Argentino --onde está no 18º lugar--, o time convive com contusões de vários jogadores e um desempenho para esquecer em âmbito local. O desempenho é favorável apenas na Libertadores, onde classificou em segundo lugar, com três vitórias e três derrotas, em um grupo com o Nacional-URU (que se classificou em primeiro), o mexicano Toluca e o equatoriano Barcelona.

    Dos 11 jogadores que entraram em campo nas finais da Libertadores contra o Corinthians, em 2012, apenas seis são titulares ainda hoje. O goleiro Orión, os defensores Caruzzo e Clemente Rodríguez e os meio-campistas Ledesma, Erviti e Riquelme.

    A principal mudança é no ataque. Além de Martínez, Nicolás Blandi, 23, veio da base para herdar a vaga de Santiago Silva, 32, que virou reserva. Somoza, 32, também perdeu espaço para Erbes, 23, mais um jovem formado pelo clube. Pablo Mouche, titular ano passado, foi para a Turquia.

    Além desses, o Boca contratou em agosto de 2013 Guillermo Burdisso, 24, junto ao Arsenal de Sarandí, que assumiu a vaga de Schiavi, 40, que foi para a China. Sosa, reserva no ano passado, substitui Roncaglia, 25, que transferiu-se à Fiorentina ao término da Libertadores de 2012. Nota-se, pelas mudanças de atletas, uma renovação da equipe de La Bombonera.

    TITE X BIANCHI

    Dado curioso deste confronto é que, enquanto o técnico Tite nunca perdeu para adversários argentinos, Carlos Bianchi, atual comandante do Boca Juniors, está invicto contra rivais brasileiros.

    Juan Mabromata /AFP
    Martínez (esq.) disputa bola em jogo da Libertadores
    Martínez (esq.) disputa bola em jogo da Libertadores

    Em 12 partidas contra argentinos, Tite venceu nove vezes e empatou três. Pela Libertadores, foram dois confrontos. Em 2002, à frente do Grêmio, os comandados de Tite eliminaram o River Plate nas oitavas de final da competição sul-americana. O outro triunfo é no comando do Corinthians, ao conquistar a primeira Libertadores da história do clube em 2012.

    Já Bianchi enfrentou times brasileiros em sete eliminatórias --sendo três finais-- e superou todos. Em 1994, Bianchi comandou o Vélez Sarsfield no título sobre o São Paulo. Já à frente do Boca, o treinador foi campeão sobre o Palmeiras, em 2000, e em cima do Santos de Robinho, três anos depois. Todas as decisões foram no estádio do Morumbi.

    Como treinador do clube boquense, Bianchi ainda eliminou o Vasco e o Palmeiras (ambos em 2002), o Paysandu (2003) e o São Caetano (2004).

    RETROSPECTO DO CLUBE

    O Corinthians tem um retrospecto regular contra argentinos no mata-mata da Libertadores. A equipe de Parque São Jorge enfrentou clubes argentinos em cinco oportunidades em fases eliminatórias, conquistando dois triunfos e três eliminações.

    Uma dessas vitórias é a conquista da Libertadores, ano passado, sobre o próprio Boca.

    Os outros quatro mata-matas ocorreram em oitavas de final, a mesma fase em que o Corinthians vai enfrentar o Boca este ano. E foi justamente este adversário que eliminou os corintianos, pela primeira vez, em 1991, após derrota por 3 a 1 em Buenos Aires e empate por 1 a 1 no Pacaembu.

    Em 2000, o Corinthians voltou a encarar um rival argentino nas oitavas. Desta vez, com êxito. A equipe alvinegra superou o Rosário Central nos pênaltis, após 3 a 2 para cada time. Naquele ano, o Corinthians iria até as semifinais, caindo para o Palmeiras, vice-campeão daquele ano.

    Em outras duas oportunidades, o Corinthians teve o River Plate como o seu principal algoz. A equipe argentina eliminou o clube alvinegro em 2003 após duas vitórias. Três anos depois, novo infortúnio, com direito a 3 a 1 no Pacaembu e tentativa de invasão da torcida corintiana ao gramado.

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