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    Corte de gastos, troca de atletas e blindagem marcam 100 dias da gestão Nobre

    FABIO LEITE
    DE SÃO PAULO

    02/05/2013 03h47

    Corte radical de gastos, escambo de jogadores e uma blindagem que ultrapassou as paredes do vestiário marcaram os 100 dias da gestão Paulo Nobre no Palmeiras, completados ontem.

    O cartola, que assumiu o cargo dizendo que o "maior adversário do clube é o próprio Palmeiras", destinou os parcos recursos para contratação de "nomes de peso" para formar a diretoria e abdicou de gastar para montar um time mais competitivo.

    Almeida Rocha - 8.mar.2013/Folhapress
    O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, gesticula durante entrevista
    O presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, gesticula durante entrevista

    Com a bandeira da profissionalização, buscou no mercado Marcelo Giannubilo (diretor de marketing), ex-Fluminense/Unimed, e Luciano Paciello (financeiro), do Boston Group, ambos remunerados como executivos.

    No time, Nobre abriu mão de jogadores caros como Riquelme, alvo da gestão Arnaldo Tirone, e abusou das trocas, como a de Barcos por quatro atletas do Grêmio, e dos empréstimos, como o de Kléber, para inchar o elenco.

    Mas a mudança mais sentida foi a blindagem a jogadores e comissão técnica, expressa no apoio público a Valdivia e na manutenção de Gilson Kleina, e, principalmente, no combate ao vazamento de informações do clube.

    Hoje, no máximo oito pessoas participam das reuniões de diretoria às segundas-feiras sob o pacto de não relatar nada a jornalistas. À exceção do diretor-executivo José Carlos Brunoro, dirigentes só dão entrevistas com o aval da assessoria de imprensa.

    A blindagem é tanta que, ao contrário do Flamengo, cuja nova gestão contratou uma auditoria e divulgou que a dívida do clube é de R$ 750 milhões, o Palmeiras deixou para o último dia (30 de abril) a publicação de seu desanimador balanço de 2012.

    Os números mostram que a atual gestão assumiu com R$ 25,9 milhões em direitos de imagem de jogadores atrasados e uma dívida de R$ 60,6 milhões de contratações.

    "Toda quebra de paradigma é uma maratona. Nesses primeiros 100 dias, demos os primeiros passos, o que é fundamental", disse à Folha Paulo Nobre, que busca um patrocinador para substituir a Kia, que fica até 19 de maio.

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