• Esporte

    Monday, 06-May-2024 10:34:16 -03

    Palmeiras fica mais letal com a bola aérea na era pós-Assunção

    FABIO LEITE
    DE SÃO PAULO
    PEDRO PROENÇA
    COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

    10/05/2013 12h03

    Mesmo sem o volante Marcos Assunção, dispensado há quatro meses, o Palmeiras tem feito mais gols em bolas aéreas nesta temporada do que no ano passado, quando o "perito" na bola alçada na área esteve em campo.

    Levantamento feito pela Folha mostra que os gols palmeirenses com origem em cruzamentos, como o do centroavante Kléber no empate com o Santos, pelas quartas de final do Campeonato Paulista, dia 27, subiram de 38,4% em 2012 para 46,3% este ano.

    Na temporada passada, nos 47 jogos do Palmeiras em que Assunção atuou, o time fez 78 gols, sendo 30 em bolas aéreas (38,4%). Em 19 deles, os cruzamentos saíram dos pés do ex-palmeirense, que deixou o clube em janeiro por não entrar em acordo salarial com a diretoria.

    Neste ano, em 27 jogos, o time de Parque Antarctica já anotou 19 tentos em lances que nasceram de cruzamentos, ou seja, 46,3% dos 41 gols da equipe no Paulista e na Taça Libertadores.

    Após quatro meses e seis jogos pelo Santos, Assunção deu sua primeira assistência apenas na última quarta-feira, na vitória do time da Vila Belmiro por 1 a 0 sobre o Joinville-SC, pela segunda fase da Copa do Brasil.

    E não podia ser diferente. Foi numa cobrança de falta que o volante alçou a bola na área para que o zagueiro Durval desviasse para o fundo do gol.

    Sem Assunção, o ofício de cruzar a bola na área no Palmeiras ficou distribuído, principalmente, entre os volantes Souza e Wesley, e o atacante Maikon Leite. Cada um deu quatro assistências aéreas que resultaram em gols.

    Os zagueiros Henrique e Vilson tem sido os mais beneficiados pelos bons cruzamentos, com quatro e três gols respectivamente.

    Numa competição com muito contato físico como a Libertadores, a bola aérea é um dos principais trunfos para balançar as redes. No ano passado, por exemplo, o Corinthians, campeão do torneio, fez gols originários de cruzamentos em todos os quatro jogos em casa na fase do mata-mata.

    Não à toa, o técnico do Palmeiras, Gilson Kleina, passou a cogitar a possibilidade de trocar o meia Tiago Real pelo volante Souza para o jogo de volta contra o Tijuana, do México, na próxima terça-feira, no Pacaembu, pelas oitavas de final da Libertadores.

    "O Tiago é mais passador e o Souza tem a bola parada importante e o arremate de longa distância", disse Kleina. No jogo de ida, empate sem gols em Tijuana, dia 30, Tiago Real foi titular e Souza entrou apenas aos 20 min do segundo tempo no lugar de Wesley.

    O fato é que tanto na bola parada quanto com ela rolando, a jogada aérea será uma das principais armas do Palmeiras no Pacaembu, já que Kleina está decidido a jogar com Kléber como homem de referência. O camisa 9 fez de cabeça em cruzamento de Souza seu primeiro e único gol no clube, dia 27, contra o Santos.

    Paulo Whitaker/Reuters
    Souza (esq.), do Palmeiras, disputa bola com William Mendieta, do Libertad
    Souza (esq.), do Palmeiras, disputa bola com William Mendieta, do Libertad

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024