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    Emerson diz que espera por provocações do Boca e critica catimba argentina

    LUCAS REIS
    DE SÃO PAULO

    15/05/2013 11h09

    O sermão de Tite sobre as provocações do Boca Juniors no jogo de hoje atingiu Emerson em cheio.

    Ontem, em entrevista coletiva, o herói da Libertadores de 2012 parecia um pouco mais sério do que o normal.

    Houve uma explicação ao final dos quase 40 minutos de perguntas e respostas. "Por mais que eu seja brincalhão e espontâneo, a gente não está para brincadeira, não", disse Emerson, o mais velho do elenco, que cultiva a fama de desembaraçado e provocador em suas declarações bem humoradas.

    Tite repete o time e o discurso de antes do jogo de ida: soberba zero. Em Buenos Aires, perdeu por 1 a 0. Precisa vencer por dois gols de diferença para evitar os pênaltis. Se sofrer gols, a vitória simples já não servirá.

    Logo de cara, Emerson foi questionado se está disposto a morder alguém, como fez com a mão de Caruzzo, na decisão do ano passado. "Espero que não chegue a esse ponto, que a gente consiga fazer o resultado sem que o jogo siga por esse caminho de jogadas mais agressivas."

    Mas admitiu que o jogo provavelmente será quente. "Espero que o resultado aconteça de uma maneira mais tranquila, mesmo achando que isso seria difícil".

    Antes da derrota há duas semanas, ele respondeu a mesma pergunta dizendo que "faria o que fosse preciso" para vencer.

    Ontem, criticou a possível catimba argentina que se desenha no Pacaembu. "Vão ter essa postura de querer provocar, como habitualmente eles fazem. Mas posso garantir é que o Corinthians tem um grupo maduro, acostumado a decisões", disse.

    "Já não cabe mais a um atleta do Corinthians cair nessas provocações, porque atrapalha e prejudica o trabalho de um semestre", disse.

    Ricardo Nogueira/Folhapress
    Emerson chuta a bola durante treino do Corinthians
    Emerson chuta a bola durante treino do Corinthians

    E completou dizendo que "catimbar" seria "uma postura infeliz" do Boca. "Porque o Corinthians certamente vai entrar para jogar e não vamos entrar em provocações. Vamos entrar pra jogar futebol e classificar."

    Mesmo sem balançar as redes nesta Libertadores, Emerson disse que está plenamente satisfeito com sua atual fase, e que em momento algum pensou na concorrência trazida por Pato. "Treino bem, me dedico, nos jogos então, não preciso falar nada. Mas a gente tem um treinador que avalia tudo isso. Ele decide, sempre."

    Para derrotar o Boca, disse que "alguns ajustes" serão necessários. "É uma situação completamente diferente de tudo que a gente viveu até agora na Libertadores, nós sempre tínhamos a vantagem em casa", disse.

    "Mas não devemos mudar absolutamente nada. Talvez um ajuste aqui, outro ali. A postura tática e agressiva que o Corinthians tem não deve mudar."

    Elogiou o Boca, sobretudo a força da camisa argentina.

    "Eles têm uma história que tem que ser respeitada. Tem jogadores de qualidade, que conquistaram títulos e individualmente podem resolver. Têm o nosso respeito. Não estou pregando o bonzinho, realmente têm o nosso respeito. Mas a gente vai buscar a classificação."

    Também defendeu Tite, quando ouviu o nome de Carlos Bianchi, o técnico argentino que jamais foi eliminado por brasileiros na Libertadores.

    "A gente sabe que ele é um treinador vitorioso, tem o nosso respeito, mas a gente tem um técnico que é campeão brasileiro, da Libertadores e do Mundo. Se há um treinador qualificado lá do outro lado, do lado do Corinthians também tem."

    Respondeu a duas perguntas de jornalistas peruanos sobre Guerrero, contou que o gol sofrido contra o Santos, no domingo, virou exemplo de erro inadmissível dentro do grupo, e, enfim, não resistiu a um desdém provocativo. Mas não ao Boca.

    "Assistirá ao jogo do Palmeiras?", perguntou um jornalista. "Tenho coisa melhor pra fazer", respondeu.

    Almeida Rocha/Folhapress
    Tite orienta equipe durante treino do Corinthians
    Tite orienta equipe durante treino do Corinthians
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