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    Diretoria do Palmeiras diz que time atual tem 'perfil de Série B', mas planeja mudanças

    FABIO LEITE
    DE SÃO PAULO

    16/05/2013 03h28

    A ressaca do Palmeiras após a queda na Libertadores com a derrota para o Tijuana, do México, em pleno Pacaembu, teve uma dose extra de consternação no ensaiado discurso de resignação.

    Ao mesmo tempo em que ressaltou "o perfil de Série B" de seus jogadores, o diretor-executivo José Carlos Brunoro disse que o elenco terá de passar por "algumas mudanças" para voltar à elite do futebol nacional em 2014.

    A longa jornada de 38 rodadas na Série B começa no dia 25, contra o Atlético-GO, em Itu --o clube terá de mandar quatro jogos a 100 km da capital por causa da briga de torcedores com policiais em partida do Brasileiro-2012.

    Na visão do dirigente, mesmo com um elenco limitado o Palmeiras poderia "ter ido mais longe" no torneio sul-americano, do qual se despediu anteontem nas oitavas de final, e no Paulista, em que foi eliminado pelo Santos nas quartas de final, em abril.

    "É natural, ao final das duas competições, reavaliarmos o trabalho como um todo. Obviamente, podemos chegar à conclusão de que alguns jogadores não deram certo, outros podem chegar", disse o presidente Paulo Nobre, que não quis citar nenhum atleta nominalmente.

    A única certeza dada pelo cartola é a manutenção do treinador Gilson Kleina, com quem a diretoria definirá nos próximos dias quem pode sair e quem pode chegar. Está descartada uma longa lista de dispensas. O São Paulo, após ser eliminado da Libertadores, afastou sete atletas.

    O goleiro Bruno, que falhou no primeiro gol do Tijuana, continua no grupo.

    O clube não tem dinheiro nem para contratar nem para demitir. Para piorar, no domingo perderá o patrocinador máster de camisa, a Kia --ainda não tem substituto.

    "Pegamos um clube com 25% das receitas. O restante já estava comprometido. Não faremos loucuras com o elenco", disse Brunoro.

    Com a queda na Libertadores, o Palmeiras deixou de receber R$ 900 mil de premiação da Conmebol e perdeu a chance de arrecadar mais de R$ 1,8 milhão com as rendas das partidas das quartas de final.

    O retrospecto atual é semelhante ao de 2003, quando o time foi eliminado nas semifinais do Paulista e nas oitavas de final da Copa do Brasil e começou a Série B sob desconfiança da torcida.

    Daniel Mobilia -28.mar.2013/Folhapress
    José Carlos Brunoro (esq.) e Paulo Nobre durante entrevista no CT do Palmeiras
    José Carlos Brunoro (esq.) e Paulo Nobre durante entrevista no CT do Palmeiras
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