Caso o Santos vença o Corinthians por dois gols de diferença (ou por um gol e, depois, derrote o rival nos pênaltis), Durval será hendecacampeão estadual. Ou seja conquistará seu 11º campeonato estadual consecutivo.
Desde 2003, o defensor santista levanta estaduais. No Nordeste, venceu o Paraibano pelo Botafogo (2003) e o Pernambucano pelo Sport (2006, 2007, 2008, 2009), o Brasiliense pelo time homônimo (2004), o Paranaense pelo Atlético-PR (2005) e o Paulista pelo Santos (2010, 2011 e 2012).
| Ricardo Saibun/Divulgação Santos FC | ||
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| O zagueiro Durval durante treino do Santos; jogador pode conquistar o seu 11º título estadual |
O título, que seria o quarto estadual de Durval pelo Santos, faria com que o defensor ultrapassasse Pelé em número de estaduais. A diferença é que, ao contrário de Durval, que venceu campeonatos desse tipo por cinco clubes diferentes, o ex-ídolo santista obteve todos pelo time da Vila.
PRESENÇA CONSTANTE
Caso o Santos conquiste o torneio terá muito a dever ao defensor. Não apenas pelo gol na derrota por 2 a 1 do jogo de ida contra o Corinthians, mas também por ter jogado 21 das 22 partidas no campeonato.
Nesses 21 jogos, Durval levou apenas três cartões amarelos, média de uma advertência a cada sete partidas, número baixo para um zagueiro. Um número melhor do que sua média geral pelo time, de 37 amarelos em 222 partidas (um a cada seis duelos). Os gols também são raros: apenas sete (média de um a cada 31,7 partidas).
Além disso, desde que chegou ao Santos, o zagueiro não foi expulso. "Ele é um jogador forte, que sempre chega firme, mas não é desleal", diz o atacante Carlinhos Bala, que foi companheiro de Durval no Sport em 2007 e 2008 e rival do zagueiro em 2009, quando se transferiu para o Náutico.
A regularidade também impressiona. Desde que desembarcou na Vila Belmiro, ele ficou de fora de apenas 34 partidas das 256 que o time do litoral fez desde que ele assumiu a camisa 6, o que registra uma presença em 86,7% dos jogos.
QUIETO
Apesar dos números expressivos, Durval não costuma reivindicar glórias para si. "Não é porque conquistei dez estaduais que isso vai subir à cabeça", disse o defensor, no ano passado, após o Santos bater o Guarani na final do Campeonato Paulista.
Além da modéstia, outra característica do jogador é o silêncio. "Ele sempre foi muito arredio para dar entrevistas. No grupo, ele era caladão, na dele, mas todos o respeitavam. Durval é sério, joga para o time, não para a torcida", comenta Carlinhos Bala.