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    Às vezes, as coisas não funcionam, diz diretor do São Paulo sobre Ney Franco

    RAFAEL REIS
    DE SÃO PAULO

    06/07/2013 03h15

    O São Paulo teve 21 dias sem compromissos oficiais para demitir Ney Franco e só decidiu fazê-lo após perder o primeiro jogo pós-férias.

    O técnico, que ontem completava um ano à frente do clube do Morumbi, não resistiu à derrota por 2 a 1 para o Corinthians, quarta, dentro de casa, no confronto de ida da Recopa Sul-Americana.

    A notícia da dispensa do treinador foi publicada em primeira mão na tarde de ontem pela colunista Mônica Bergamo no site da Folha.

    Os dirigentes não foram bombardeados sobre as razões da demissão, mas, sim, sobre por que essa decisão só foi tomada agora, já depois do fim das férias forçadas pela Copa das Confederações.

    "O descontentamento com o Ney não existia um mês atrás, como também não existe agora. Mas é que, às vezes, as coisas não funcionam. A avaliação do trabalho se norteia em cima dos resultados", afirmou o diretor de futebol Adalberto Baptista.

    "Nossa mídia adora essa história de que o Corinthians derrubou mais um técnico do São Paulo. Até pouco tempo, o que acontecia era o contrário. O futebol é cíclico", disse o vice de futebol do clube, João Paulo de Jesus Lopes.

    Se o São Paulo tivesse demitido Ney após sua última partida do Brasileiro (empate por 1 a 1 com o Grêmio, em 12 de junho), o novo treinador teria três semanas sem nenhuma partida de campeonato para conhecer o elenco e montar uma nova equipe.

    O substituto de Ney vai estrear com a temporada em andamento e já pressionado pela necessidade de reverter o resultado negativo contra o Corinthians para conquistar a Recopa sobre o maior arquirrival, no próximo dia 17.

    "Tenho confiança de que essa demissão pode ser a mola propulsora para essa virada", adicionou Adalberto.

    O cartola é o maior responsável pelo trabalho de Ney ter feito aniversário de um ano. Foi o diretor de futebol quem convenceu o presidente Juvenal Juvêncio a não trocar o comando do time após cada uma das crises no período.

    Sétimo treinador do São Paulo desde 2009, teve um ótimo desempenho em seus primeiros seis meses de trabalho. Nas suas mãos, o time foi o melhor do segundo turno do Brasileiro e conquistou a Sul-Americana, título inédito e o primeiro do clube em quatro temporadas.

    Tudo mudou após a venda de Lucas para o PSG, no fim do ano. O treinador bateu cabeça para montar a equipe sem seu antigo astro e colecionou fracassos: perdeu na semifinal do Paulista para o Corinthians e se despediu da Libertadores com uma goleada por 4 a 1 para o Atlético-MG, ainda nas oitavas.

    "Não posso sair daqui sem destacar todo o incentivo que recebi para que esse trabalho desse certo. Infelizmente, não aconteceu. Saio frustrado do trabalho", afirmou Ney.

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