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    Djalma adorava brincadeiras e era acolhedor, diz Ademir da Guia; leia repercussão

    DE SÃO PAULO

    23/07/2013 21h35

    Amigos, cartolas e companheiros de Djalma Santos, 84, ídolo da Portuguesa, do Palmeiras e da seleção brasileira, citaram para a Folha as principais lembranças sobre o lateral direito, bicampeão mundial pelo Brasil em 1958 e 1962, e que morreu na noite desta terça-feira.

    O ex-jogador estava internado no hospital Doutor Helio Angotti desde o dia 1º de julho. O hospital divulgou que ele morreu às 19h30 em decorrência da pneumonia grave e da instabilidade hemodinâmica que provocaram uma parada cardiorrespiratória.

    "Djalma deixou lembranças muito marcantes para mim", declarou Ademir da Guia, ídolo do Palmeiras. "Era uma pessoa alegre, adorava fazer brincadeiras e era muito acolhedor. No Palmeiras, em 1961, encontrei uma pessoa que me recebeu bem, sempre dava sangue pelo time. Não é a toa que teve sucesso na carreira".

    "Foi um jogador excepcional, com muita vitalidade e força. Se destacou numa época em que os laterais só marcavam. Ele avançava e ainda era um ótimo marcador", disse Tostão, ex-jogador de Cruzeiro e seleção e colunista da Folha.

    "Eu o conheci, embora não tenha atuado com ele. Lamento o sofrimento dos familiares e o sofrimento que o próprio Djalma Santos enfrentou nos últimos meses, internado. Ele é um ídolo brasileiro", afirmou Emerson Leão.

    "A comunidade palmeirense está mais triste pela perda de um dos maiores jogadores que vestiram o manto alviverde. Desejamos toda a força aos familiares neste momento difícil", declarou o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre.

    "Um dos melhores que já vi jogar. Caráter exemplar dentro e fora de campo", disse o presidente da CBF, José Maria Marin.

    Pelo Twitter, o ex-atacante Ronaldo Fenômeno se manifestou sobre a morte: "Craque Djalma Santos, vá em paz", escreveu.

    CARREIRA

    Considerado um dos maiores laterais da história do futebol brasileiro, Djalma Santos nasceu em São Paulo em 27 de fevereiro de 1929. Brilhou na Portuguesa, Palmeiras e Atlético-PR.

    Quando despontou na Portuguesa, no final dos anos 40, Djalma era conhecido apenas de Santos. Chegou a atuar como meio-médio, como um volante, mas foi na lateral direita onde explodiu.

    Ele participou, com destaque, de três jogos do Brasil na Copa de 1954, na Suíça.

    No Mundial de 1958, atuou apenas a partida final, na vaga de De Sordi, que não tinha condição de jogar. O Brasil venceu a Suécia por 5 a 2, e Djalma teve ótima atuação, o que fez ser apontado como um dos principais atletas do torneio.

    No período em que esteve na Portuguesa, o clube conquistou dois títulos do prestigiado Torneio Rio-São Paulo, em 1952 e1955.

    Djalma atuou pelo Palmeiras entre 1959 e 1968. Lá, pelo time, que ficou conhecido como "Academia", conquistou duas Taças Brasil (1960 e 1967), um torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967), um Rio-São Paulo (1965) e três Paulistas (1959, 1963 e 1966).

    Na Copa de 1962, ele brilhou novamente ao participar das seis partidas da campanha vitoriosa no Chile.

    Djalma também defendeu a seleção brasileira na Copa da Inglaterra, em 1966, quando jogou duas vezes.

    O atleta encerrou a sua passagem pelo Palmeiras com 498 partidas (295 vitórias, 105 empates e 98 derrotas).

    Os dois últimos anos de sua carreira foram no Atlético-PR, clube por qual ganhou seu último título, o Paranaense, em 1970, aos 41 anos. Sua despedida da equipe aconteceu em um amistoso no dia 21 de janeiro de 1971.

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