Jogo a jogo. É assim que tem trabalhado o técnico santista interino Claudinei Oliveira e, neste domingo, ele saiu do Mineirão com um empate contra o líder do campeonato.
O 0 a 0, em um jogo fraco tecnicamente, devolveu a liderança ao Cruzeiro, com 25 pontos, e foi o segundo empate seguido do Santos depois da surra que levou do Barcelona em amistoso, há dez dias (8 a 0) - na quarta-feira, na Vila Belmiro, o outro empate foi o 1 a 1 contra o Corinthians.
O Santos se mantém em posição intermediária na tabela. Nesta segunda, o ex-meia Zinho assume como gerente de futebol e sua primeira missão é procurar um treinador.
Por enquanto, entretanto, Oliveira segue trabalhando, jogo a jogo, como ele mesmo diz.
No confronto de ontem, o Santos fez um bom primeiro tempo, com marcação eficiente no meio de campo e Montillo acionando bem os laterais. O argentino, que deixou o Cruzeiro no começo do ano para jogar no Santos, foi bastante vaiado pelos torcedores cruzeirenses, mas não houve arremesso de moedas ao gramado quando o atleta entrou em campo. A diretoria cruzeirense fez campanha na internet para evitar o arremesso, temendo perda de mando de campo.
A melhor chance de gol na primeira etapa foi logo no começo, cabeçada do atacante Henrique defendida por Fábio. O camisa 9 foi a surpresa de Oliveira, substituindo Willian José, suspenso - todos esperavam a entrada de Giva.
Arouca saiu com dores na coxa, e foi substituído por Alan Santos, que fez o meio de campo paulista ficar ainda mais marcador.
O Cruzeiro vivia de jogadas de Martinuccio e tinha um Vinicius Araújo pouco inspirado no ataque.
No segundo tempo, o Santos recuou e o Cruzeiro pressionou. O meia Cícero definiu o que foi a segunda etapa.
"Sofremos mais, mas soubemos suportar. Faltou um pouco mais de malandragem na frente para cavar uma falta e ter oportunidade de gol", disse o jogador.
Aranha teve trabalho, principalmente em bolas cruzadas para a área. Ele teve também sorte quando Ricardo Goulart errou um chute quase dentro da pequena área.
