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    Corinthians é dono do Itaquerão, mas precisa pagá-lo

    DE SÃO PAULO

    22/08/2013 03h36

    O Itaquerão pertence, sim, ao Corinthians. O terreno onde a arena está sendo erguida foi concedido pela prefeitura ao clube, que irá operá-lo sozinho.

    É o que admite, inclusive, a Odebrecht, que compõe o fundo imobiliário --com Jequitibá Patrimonial e clube-- responsável por gerenciar o dinheiro que custeia o estádio.

    Mas o Corinthians vai demorar alguns anos para receber todas as receitas oriundas da arena. Antes, terá de pagar a dívida referente ao financiamento do Itaquerão (R$ 820 milhões) com o fundo imobiliário.

    O valor inclui R$ 400 milhões de empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e outros R$ 420 milhões de incentivos fiscais da prefeitura.

    Editoria de Arte/Folhapress

    O fundo foi composto, essencialmente, para pedir o financiamento ao BNDES, com juros especiais oferecidos aos estádios da Copa-2014.

    "Nós temos 12 anos para quitar as parcelas [junto ao fundo imobiliário]. Ou menos, se conseguirmos saldar antes", argumenta o ex-presidente corintiano Andres Sanchez, representante do clube nas questões do estádio.

    "Temos de pagar uma quantia por mês para o fundo e mais 20% de garantia", completa.

    Todas as receitas geradas pelo estádio, exceto a bilheteria das partidas, serão aportadas no fundo e servirão para abater as parcelas do financiamento.

    Aprovado, o empréstimo irá do BNDES para a Caixa (intermediária) e depois para o fundo, cuja gestora será a BRL Trust. O financiamento terá que ser pago em até 15 anos, com três anos de carência para começar a ser quitado.

    Os R$ 420 milhões restantes serão concedidos por meio de incentivos fiscais pela Prefeitura de São Paulo, condicionados ao fato de a arena receber a abertura do Mundial-2014.

    Esses estímulos fiscais, chamados Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento, serão negociados no mercado, gerando caixa para pagar a dívida.

    A construção do estádio corintiano já consumiu mais de R$ 620 milhões. Ainda sem o financiamento do BNDES, a Odebrecht precisou pegar R$ 250 milhões emprestados com outros bancos para a obra.

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