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    Venda de zagueiro do Palmeiras estremece relação de Kleina com o clube

    BERNARDO ITRI
    DO PAINEL FC
    PAULO VINÍCIUS COELHO
    COLUNISTA DA FOLHA
    DIEGO IWATA LIMA
    DE SÃO PAULO

    30/08/2013 03h58

    Anteontem à tarde, o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, recebeu uma notícia que o deixou irritado. Ao embarcar para Curitiba, onde assistiu ao jogo contra o Atlético-PR, foi informado por José Carlos Brunoro, seu principal executivo, que Vilson, zagueiro titular, estava muito próximo de deixar o clube.

    Ao mesmo tempo, em Curitiba, horas antes da partida decisiva pela Copa do Brasil, Gilson Kleina recebeu a mesma informação. O treinador se enfureceu da mesma maneira que Paulo Nobre, pois perdia, de uma hora para outra, seu zagueiro titular.

    A irritação do presidente se deu porque o contrato acertado com Vilson previa que, se o zagueiro recebesse uma proposta e quisesse sair, bastaria pagar R$ 700 mil para deixar o clube. Ou seja, nessas condições, o Palmeiras não teria nada o que fazer para segurá-lo no clube.

    Este fato foi consumado ontem: Vilson vai para o Sttutgart, da Alemanha, e o Palmeiras receberá R$ 700 mil.

    A notícia sobre a negociação de Vilson não apenas afetou a atuação do time ante o Atlético-PR. Gerou desconforto na relação de Gilson Kleina com a diretoria alviverde.

    Vinicius Pereira - 17.ago.13/Folhapress
    Gilson Kleina, em jogo do Palmeiras contra o Paysandu
    Gilson Kleina, em jogo do Palmeiras contra o Paysandu

    Do lado do treinador, o mantra a ser seguido prevê subir o time para a Série A, mas a permanência em 2014 é dada como inviável.

    Dentro do Palmeiras, cada vez mais há quem defenda a saída do técnico após o término do Brasileiro. O presidente Paulo Nobre, no entanto, não está convicto de que essa é a melhor solução.

    Mesmo assim, é praticamente certo que Kleina não será o treinador da equipe no ano do centenário, mas a troca no comando do time não acontecerá agora, às pressas.

    E o caso de Vilson é o mais recente estopim para esses questionamentos. Após a eliminação para o Atlético-PR na Copa do Brasil, que colocou fim ao sonho do time de disputar a Libertadores no ano do centenário, Nobre expôs sua insatisfação.

    Veja vídeo

    "Sem sombra de dúvida, ser eliminado assim é uma vergonha para todos. Não fizemos uma grande partida, temos de pontuar tudo e tirar lição disso. A cobrança tem de existir em todos os segmentos do clube", afirmou.

    Kleina negou estar preocupado em ser dispensado. "Não temo, não tenho receio [de ser demitido]. Sei do trabalho que estamos fazendo. Cabe ao presidente analisar."

    Um nome é apontado como o preferido para 2014: Vanderlei Luxemburgo. O técnico, com contrato com o Fluminense até dezembro, é querido pela cúpula alviverde.

    Luxemburgo trabalhou com Nobre em 2008 no Palmeiras, quando o cartola era diretor de planejamento. Com Brunoro, foi bicampeão brasileiro na década de 90, também com o Palmeiras.

    Adriano Vizoni/Folhapress
    Vilson comemora gol marcado na vitória do Palmeiras sobre o Atlético-PR por 1 a 0, no primeiro jogo das oitavas da Copa do Brasil
    Vilson comemora gol marcado na vitória do Palmeiras sobre o Atlético-PR por 1 a 0, no primeiro jogo das oitavas da Copa do Brasil
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