O atacante Alexandre Pato, um dos jogadores mais contestados pela torcida do Corinthians, chegou ontem a 14 gols nesta temporada.
Parece pouco para alguém que tem como obrigação fazer gols, mas é mais do que o artilheiro do time em todo o ano passado --o volante Paulinho, que fez 13 gols.
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"É especial fazer dois gols no dia em que o Corinthians faz 103 anos. E mais especial porque, amanhã [hoje], quem faz aniversário sou eu", disse o camisa 7, que faz 24 anos.
Pato fez ontem sua melhor atuação desde chegou ao Corinthians, contratado do Milan por R$ 40 milhões. O atacante voltou a fazer sua comemoração típica, com a mão cobrindo parte do rosto. E voltou a esconder o que significa o gesto. "Uma hora eu vou dizer a vocês o que isso quer dizer", despistou.
A entrevista coletiva de Pato foi interrompida pelo técnico Tite, que usou os microfones para agradecer Mano Menezes e Muricy Ramalho "pelo apoio recebido".
"Quando vivi momentos difíceis aqui, os dois me apoiaram", disse Tite, numa menção a fevereiro de 2011, quando a derrota para o Tolima na Libertadores quase o deixou desempregado.
Técnico do Flamengo, Mano ganhou abraço de Tite. Os outros ex-corintianos do time receberam tratamento diverso da torcida: Chicão e Elias tiveram seus nomes gritados, Felipe foi hostilizado, André Santos e Wallace, ignorados.
Alexandre Pato é o vice-artilheiro do Corinthians neste ano, com três gols a menos do que Guerrero, que também fez um ontem e chegou a 17.
Essa diferença tende a cair nos próximos três jogos, já que Guerrero será desfalque --foi convocado para jogar pela seleção peruana nas eliminatórias para a Copa do Mundo. "Vai ser uma pena deixar o Corinthians agora", lamentou o centroavante. "Mas quero muito estar aqui com meu país no Mundial de 2014."