O Santos e o Botafogo, rivais hoje, às 18h30, na Vila Belmiro, têm mais do que o passado de glórias em comum. Ambos apostam cada vez mais na formação de jogadores para prosperar.
Os clubes tiveram como craques Pelé e Garrincha, foram os protagonistas nos anos 50 e 60, mas já enfrentaram longos jejuns de títulos até recorrerem à base.
O Santos está nesse caminho há mais tempo, desde 1978. Recentemente colheu os frutos com Neymar e Ganso --seis taças em cinco anos. Há dez anos o sucesso se iniciou com Robinho e Diego, bicampeões nacionais.
Hoje, as apostas são os meio-campistas Alison, 20, e Leandrinho, 19, e o atacante Neílton, 19. Eles e outros são aproveitados no time titular pelo técnico Claudinei Oliveira e alguns até já decidiram --caso do atacante Gabriel, 17, o mais jovem do elenco.
Apesar da desconfiança no início do Brasileiro, a equipe iniciou a 21ª rodada em sétimo e a sete pontos do G-4.
| Vitor Silva/Divulgação/Robson Ventura/Folhapress | ||
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| Os jovems Hyuri (esq.) e Neílton são as apostas de Botafogo e Santos para o duelo na Vila pelo Brasileiro |
Já o Botafogo, que não ganha um grande título desde o Brasileiro-95, teve um bom momento com Jadson e Vitinho neste ano e tem nomes como os meias Gegê, 19, e Octávio, 19, e o atacante Hyuri, 21 --herói na vitória ante o Corinthians, na quarta.
Diferentemente do Santos, eles não costumam ser titulares, embora o técnico Oswaldo de Oliveira os coloque com frequência nas partidas.
O treinador procura mesclar esses jovens com veteranos como Seedorf, 37, e Renato, 34. Com essa fórmula,o time liderou o Brasileiro em seis oportunidades e está no G-4 desde a quinta rodada.
Além dessas semelhanças, outro fator que pode alimentar a rivalidade hoje é o duelo entre os atuais camisas 10.
Seedorf está confirmado, e Montillo, que recupera-se de lesão muscular e ficou fora de cinco jogos, seria avaliado hoje pelo Santos. Eles são as referências de seus times e espelho para as novas gerações.