Criticado após ter pedido dispensa da Copa América, na qual o Brasil foi eliminado após uma campanha sem vitórias, o pivô Nenê Hilário, do Washington Wizards, respondeu às críticas pelas seguidas dispensas em competições em que poderia defender a seleção.

Em entrevista ao programa "Esporte Espetacular", da "TV Globo", neste domingo, o jogador --que atua há 10 anos na NBA-- disse que as críticas por seus seguidos pedidos de dispensa são resultado de falta de informação.

"No passado, por causa de lesões, coisas maiores, meu filho e até o câncer que passei, não pude estar na equipe."

Entre os críticos a ausência de Nenê estão o ex-jogador Oscar Schmidt e o técnico da seleção, Rubén Magnano. Comentando a ausência dele e de outros jogadores que pediram para não participar dos jogos, Magnano disse que era preciso analisar o grau de comprometimento dos jogadores com sua seleção e que, enquanto comandava a seleção da Argentina, não recebia pedidos de dispensa.

Para o pedido de dispensa da Copa América, laudos do time de Nenê afirmavam que o jogador sofria com problemas no pé esquerdo e no joelho direito. A previsão é que ele volte aos treinos em outubro.

Em 2008, o jogador foi diagnosticado com um câncer no testículo e foi submetido a uma cirurgia para retirar o tumôr.

LESIONADO

Na Olimpíada de 2012, em Londres, Nenê atuou pela seleção brasileira, apesar de ter sido diagnosticado com uma fascite plantar, inflamação na sola do pé. A equipe fez boas atuações e chegou até as quartas-de-final, quando foi eliminada pela Argentina.

Na entrevista que foi ao ar hoje, na qual Nenê também destacou a partida que disputou contra Michael Jordan há dez anos como um dos maiores momentos de sua carreira, o jogador afirmou que sempre faz o seu melhor quando atua pela seleção, por defender o nome de seu país.